28 de abril é o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Proposto pelos movimentos sociais dos Estados Unidos, a data é uma homenagem a 78 trabalhadores que morreram nesse dia, em 1969, na explosão de uma mina em Farmington, no estado da Virgínia. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elegeu o “28 de abril” como data dedicada a valorizar a segurança e a saúde do trabalho. Desde então, manifestações acontecem em todo o mundo.
Para o secretário da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, “as diferentes iniciativas, com pequenas variações no nome, convergem na luta, que deve ser lembrada todos os dias, pela promoção do trabalho digno, seguro e saudável”.
Adoecimento e morte
De 2012 a 2021, 42.138 bancários receberam benefício acidentário do INSS e outros 156.670 foram afastados por doença comum. Porém, cerca de 54% desses benefícios comuns referiam-se a doenças características do trabalho bancário, como transtornos mentais e LER/Dort. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, compilados pelo Dieese.
Transtornos mentais
Desde 2013, transtornos mentais e comportamentais se tornaram a principal causa de afastamentos na categoria bancária. De 2012 a 2021, no conjunto total dos trabalhadores, transtornos mentais foram responsáveis por 5% dos afastamentos por acidentes de trabalho e por 10% dos decorrentes de doenças comuns.
No mesmo período, porém, no setor econômico, que inclui bancos e financeiras, causaram 39% dos afastamentos por acidentes e doenças do trabalho e 29% dos não reconhecidos como acidente ou doença do trabalho. “Já passou da hora de os bancos serem responsabilizados por esta prática agressiva e criarem um ambiente de trabalho que realmente respeite o ser humano”, observou Salles.
Contraf-CUT