Começou há pouco, novamente em formato virtual, pela plataforma Zoom, o 12º Congresso Estadual dos Bancários de Rondônia e que conta com a participação da presidente da CUT-RO, Elzilene Nascimento, e de três renomados palestrantes, que serão Juvandia Moreira, presidente da Contraf-CUT (Análise de Conjuntura Nacional), o ex-dirigente sindical Miguel Pereira (Privatizações) e o advogado Felippe Roberto Pestana (Escritório Fonseca & Assis Advogados Associados) apresentará o balanço das ações judiciais do SEEB-RO.
“É o primeiro congresso, um evento desta magnitude, sem nosso Pinheiro, nosso eterno presidente do Sindicato. Está sendo muito difícil, mas estamos aqui, continuando firmes na luta, pois é isso que ele gostaria”, disse Ricardo Vitor, secretário geral do SEEB-RO e coordenador do COBAN 2021.
“Pinheiro estará sempre presente. Ele defendeu a nossa Central todos os dias, e defendeu todos os trabalhadores, independente a qual categoria pertencesse”, destacou Euzilene Nascimento, presidenta da CUT em Rondônia.
“Existiam dois grandes amores do Pinheiro em vida: sua família e o SEEB-RO. E ouso dizer que muitas vezes estes amores se equivaleram. Ele era tão guerreiro, tão teimoso e tão empenhado em lutar até o fim, que lutou contra as consequencias do vírus até onde não pôde, tanto que mesmo após o espírito partir, o coração dele ainda bateu por mais dois dias. Não sou bancária, mas sou defensora dos direitos individuais e coletivos, portanto me deixo à disposição dos trabalhadores para tirar quaisquer dúvidas, ajudar no que puder. Não se nasce sindicalista, mas você se torna sindicalista quando vê e se incomoda com as injustiças, com uma demissão injusta, com a retirada de uma função, com um colega sofrendo assédio moral. Meu pai viveu e morreu com este princípio, colocando em prática estes valores, e eu manterei seu legado”, homenageou Thays Pinheiro, advogada e filha de José Pinheiro.
“Não apenas nossas dores pela perda do colega Pinheiro, mas pelas dores de todos os trabalhadores, das famílias brasileiras. É possível combater este desgoverno. É juntarmos as forças que nos restam, unidos no que é comum para todos. Deixar nossas diferenças de lado. A união é decisiva para este momento e para o futuro. Defender os bancos públicos, lutar pela igualdade. Juntos, mudaremos essa triste realidade da classe trabalhadora. Fora, Bolsonaro. Pinheiro presente!”, ressaltou Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT-CN.
“Era pra ser o Pinheiro para fazer esse discurso de abertura, e não eu. Ele se preocupava muito com a saúde e a vida dos bancários. São mais de 540 mil mortos pela covid, e muitos deles pela falta da vacina, e o Pinheiro, e outros bancários e dirigentes, estão nesta triste estatística. Pra mim é muito difícil. Passei 30 dias entubada, estava na UTI ao lado do Pinheiro. O que dói é que não consegui me despedir dele. Dizer a ele o quanto ele era importante pra mim e para todos nós. Na posse ele fez um juramento, nós, eleitos, fizemos um juramento, e eu vou, enquanto presidenta, manter este juramento. Está sendo difícil, mas conto com o apoio dos demais dirigentes e colaboradores, amigos e colegas. Agradecer ao Toscano, que ficou como presidente interino, o Ricardo como secretário geral interino, o Tavares, conduzindo os cooperativários, e agradecer a todos. Conto com todos”, enfatizou Ivone Colombo, presidenta do Sindicato.
“Pinheiro era membro do Comando Nacional. Esteve sempre presente nas nossas reuniões. Ele faz muita falta, uma perda sem igual. Perder estes companheiros, nos deixa triste, e grande parte dessas perdas poderiam ter sido evitadas, quando a vacina foi oferecida e foi ignorada por este governo. O governo não comprou a vacina porque não quis, apostou na imunidade pela contaminação, mesmo sabendo que teriam muitas mortes. Cada um de nós deve fazer sua parte, de não permitir que a eleição de um presidente que não tem empatia pelo ser humano, seja repetida”, sublinha Juvandia Moreira, presidente da Contraf-CUT.
