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Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco formaliza pauta de reivindicações específica

Emprego, saúde e segurança são os principais pontos da minuta específica de reivindicações do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, realizado nesta quinta-feira (3), digitalmente. O documento será encaminhado à direção do banco.

“Nós queremos retomar a mesa específica de negociações para negociar o fim das demissões, principalmente durante a pandemia, e o retorno dos vigilantes nas unidades de negócios, que tem caixa eletrônico, onde funcionários já começam a sofrer ataques”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Os trabalhos do dia começaram pela manhã com uma análise de conjuntura feita pela presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Nós temos que discutir o Brasil que a gente quer, para pensar numa solução para este mundo que está tão doente. É importante falar do geral, para depois falarmos do específico. Olhando o geral para saber como vamos atuar por banco”, salientou.

Na sequência, o reflexo da pandemia na saúde do trabalhador entrou em debate. “O tema de saúde sempre foi muito importante para o movimento sindical bancário. Com a pandemia, ganhou ainda mais importância”, afirmou o palestrante Mauro Salles, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Para encerrar os trabalhos na parte da manhã, o coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Confederação, Elias, Jordão, foi o convidado especial da mesa sobre unidades de negócio e segurança bancária. Para ele, “o ano de 2022 será fundamental para a segurança do bancário dentro das agências”.

No retorno do almoço, Gustavo Cavarzan, técnico da subseção do Dieese da Contraf-CUT, mostrou que o fechamento dos postos de trabalho e o de agências são dois dos principais pontos do lucro do Bradesco nos últimos meses. “O Bradesco está trocando agências por unidade de negócios, com menos bancários, menor estrutura de segurança o que aumenta seus lucros. A redução no emprego também chama atenção, principalmente, por ser em sua grande maioria de trabalhadores de agências”, explicou.

O teletrabalho também entrou na pauta. Os delegados e as delegadas do encontro nacional debateram a necessidade de negociar com o banco sobre o acordo de teletrabalho, assinado em 2020. “Precisamos rever pontos desde o acordo feito durante a pandemia e ajustar a necessidade do trabalhador que está há mais de um ano em home office”, explicou Magaly.

Contraf-CUT

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