O acordo coletivo da categoria bancária é claro: as medidas que afetem a vida dos empregados devem ser levadas à mesa de negociação, mas a atual direção da Caixa, mais uma vez, desrespeita essa premissa. Desde o último dia 25/11 circulam informações de alterações de normativos internos que extinguiram funções gerenciais da rede de atendimento e levaram à migração de algumas áreas da Vice-Presidência de Rede de Varejo (Vired) para a Vice-Presidência de Negócios de Atacado (Vinat), e a destituição de função de diversos empregados ligados à vice-Presidência de Logística e Operações (Vilop).
“É inacreditável o que está acontecendo. É uma política de terrorismo que está sendo feita com os empregados porque nada é claro e cada vez mais os colegas se sentem ameaçados e inseguros. Pode ter um fundo de boato em várias denúncias que recebemos? Pode ser, mas no geral os boatos não acontecem por acaso,” afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Ela informou que a Contraf-CUT encaminhou dois ofícios à Caixa solicitando informações e a suspensão de todo e qualquer processo de reestruturação feito sem o necessário diálogo em mesa de negociação, conforme determina o acordo coletivo dos bancários.
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, criticou a falta de transparência que marca a atual direção, o que aumenta a preocupação dos empregados, que já enfrentam agências superlotadas e falta de pessoal para atender à demanda de trabalho. A preocupação aumentou com a notícia de que os superintendentes de rede foram convocados para uma reunião presencial em Brasília na próxima segunda-feira (29), às vésperas de um feriado local do Distrito Federal.
“Em nome da moralidade, do respeito aos empregados, exigimos que a direção da Caixa se manifeste sobre essas mudanças, não podemos aceitar tanta insegurança e desrespeito aos empregados”, afirmou.
Fenae