Os bancários de Rondônia, a exemplo do que aconteceu simultaneamente em vários estados, foram às ruas na manhã desta terça-feira (21/3), exigir a redução da taxa básica de juros (Selic), definida pelo Banco Central (BC), e que atualmente em 13,75% ao ano, o mais alto do mundo.
Os atos, que acontecem no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom – órgão ligado ao BC para definir a Selic), são promovidos pela CUT, demais sindicatos e centrais sindicais e movimentos populares.
Os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão que julga processos administrativos de grandes devedores e, em geral, beneficia as empresas sonegadoras porque a maioria dos conselheiros é empresário.
“O atual presidente do Banco Central – que é indicação do governo anterior – se orgulha de ser ‘independente’ do governo federal, mas é claramente dependente dos interesses do mercado financeiro especulativo, e por isso impôs à população brasileira a taxa de juros mais elevada do mundo. Não há nenhuma justificativa plausível para essa taxa tão imoral, e até mesmo economistas renomados de outros países desenvolvidos, mesmo aqueles que sempre divergiram em opiniões, concordam que a atual taxa de juros do Brasil não faz o menor sentido, é contraproducente e equivale a uma sentença de morte à economia brasileira”, enfatiza Ivone Colombo, presidenta do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
Para o Sindicato, a consequência desta política é a inviabilização do desenvolvimento econômico e social, de novos investimentos, e da geração de emprego e renda.
“A população precisa estar ciente de que os juros altos favorecem apenas os mais ricos e podersosos, e uma taxa tão absurda trava o crescimento econômico, impedindo a geração de empregos e renda, principalmente para os mais pobres e desassistidos”, completa Ivone.
“Os juros praticados no Brasil há anos impedem o desenvolvimento social, a produção, a geração de emprego e, consequentemente, diminui as condições de gerar renda para o país. Por isso nós exigimos juros baixos já”, enfatizou Cleiton dos Santos Silva, secretário geral do SEEB-RO e presidente da Fetec-CN-CUT.