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Bancários lançam Campanha Nacional na manhã desta terça, 18

Centrais Sindicais farão ato contra juros altos nesta terça (18), em frente ao Banco Central, na capital paulista, e bancários somarão forças em apoio, também com o lançamento da Campanha Nacional para renovação da CCT

A Campanha Nacional dos Bancários 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, começará oficialmente também nesta terça (18/6), com a entrega da minuta de reinvindicações à Fenaban. O documento foi construído a partir de diversas conferências estaduais e regionais, considerando ainda a coleta de dados da Consulta Nacional dos Bancários, realizada com quase 47 mil trabalhadores e trabalhadoras, submetida à validação da 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e, em seguida, de assembleias em todo o país.

Também nesta terça, os representantes da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa também entregarão, aos respectivos bancos públicos, as minutas de reivindicações para a renovação dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) específicos de cada banco público.

Além da entrega dos documentos de reivindicações para a renovação da CCT e das ACTs específicas, sindicatos e federações realizarão, em várias cidades, o lançamento da campanha deste ano, sob o slogan “Futuro se faz juntos!”, nas ruas e nas redes sociais – neste último ambiente, está programado um tuitaço, das 9h às 10h, com a hashtag #FuturoSeFazJunto.

“Entre os pontos de destaque da campanha deste ano, além do aumento real do salário, PRL maior e ampliação de direitos, exigimos o fim do assédio no ambiente de trabalho e dos instrumentos adoecedores na cobrança de metas e que, como mostramos em pesquisas de profundidade que encomendamos ao Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), o adoecimento mental é uma triste realidade na categoria”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

JUROS BAIXOS JÁ!

Diante de mais uma reunião do Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do Banco Central (BC), que acontece terça (18) e quarta (19), para definir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic), os bancários de São Paulo se somam aos protestos das centrais sindicais que realizarão contra a manutenção do índice alto e que traz impactos negativos para o crescimento econômico e geração de empregos.

Na reunião de maio, o Copom reduziu em apenas 0,25 ponto percentual o corte na Selic, mudando o ciclo de cortes de 0,50 que vinha ocorrendo a cada 45 dias, desde agosto de 2023. Com isso, a taxa básica de juro brasileira está em 10,50%, mantendo o país com um dos maiores juros reais do mundo. Agora, o mercado, que influencia a política monetária, aposta que, na reunião desta semana, não haverá nenhum corte.

“A campanha ‘Juros Baixos Já!’ é uma campanha que nós, do movimento sindical dos trabalhadores do ramo financeiro, também apoiamos e lideramos desde o início de 2023. Em agosto daquele ano, após muita pressão social, o Copom iniciou o ciclo de cortes, ainda muito aquém do que poderia reduzir e continuamos os protestos. De lá pra cá, passamos do absurdo de 13,75% ao ano para os atuais 10,50%, que é ainda um juro abusivo para o Brasil”, explicou Juvandia Moreira.

Ela destacou ainda que um dos eixos da Campanha Nacional dos bancários, aprovada 26ª Conferência Nacional, é a redução da taxa de juros para induzir o crescimento econômico e geração de emprego e renda.

“Vamos continuar denunciamos à sociedade esse boicote contra a economia do país, praticado pelo Banco Central, e que impacta o crescimento da economia e prejudica a geração de emprego digno. O BC alega que a Selic precisa ser alta para conter a inflação, mas esta segue sob controle e existem outros métodos para conter a inflação que não é esse, que causa prejuízos para todo o país”, destacou Juvandia Moreira. “Outra coisa, quando Campos Neto alega também que essa queda no ritmo de redução da Selic se dá por causa do aumento do emprego (porque o mercado aquecido, supostamente é responsável pela inflação), acaba também entrando em contradição, porque vai justamente na contramão de uma das missões do BC, que é colaborar para que o Brasil alcance o pleno emprego”, completou a dirigente.

Fonte: Contraf-CUT

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