A agência do Banco do Brasil da avenida Jatuarana, zona Sul de Porto Velho, amanheceu, nesta sexta-feira (2/8) fechada e o motivo, novamente, é a escassez no número de funcionários para prestar o atendimento ao público com o mínimo de decência e humanidade.
Esta é a segunda vez que a unidade Jatuarana não abre em menos de um mês. A primeira foi no dia 11 de julho, quando o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) foi ao local, com faixas e panfletos, denunciou o descaso do banco para os clientes e usuários que apareciam no local e tinham que buscar atendimento nas agências do BB mais próximas.
O Sindicato explica que o excesso de claros (as vagas não preenchidas e que não contemplam a necessária dotação de funcionários nas agências) causa a sobrecarga de serviço e, consequentemente, compromete ainda mais o atendimento ao público. E essa realidade existe em praticamente todas as agências do BB no Estado.
Além do número insuficiente de funcionários, todas as agências possuem ‘claros’, aquelas vagas que são deixadas por funcionários que se aposentaram (ou mudaram de ramo profissional ou qualquer outro motivo) e jamais foram preenchidas.
Há anos o SEEB-RO cobra da Superintendência Regional do BB uma solução para este problema em Rondônia, mas sempre recebe, como resposta, a justificativa de uma suposta resistência dos trabalhadores, alegando que, nas unidades onde tem excesso de claros, os funcionários não querem sair, e onde existe o déficit, os bancários – principalmente os de outros municípios ou estados – não querem ser deslocados.
“Há vários dias estamos cobrando que a SuperBB realoque funcionários para esta agência, fundamental para esta importante região da capital, mas nada é feito. E para piorar o banco ainda exerce pressão sobre estes poucos funcionários, cobrando metas impossíveis com o simples objetivo de mais e mais lucros, e as pessoas que se contentem com o caos, o descaso e o desrespeito”, enfatizou Ivone Colombo, presidenta do SEEB-RO, que esteve acompanhada dos dirigentes Gesica Capato (Esportes) e Clemilson Farias (Finanças).
“Os poucos funcionários que estão na agência sofrem, diariamente, agressões verbais dos clientes e usuários, revoltados com a demora no atendimento. Consequentemente, estes trabalhadores acabam adoecendo e tendo que se afastar do trabalho, aumentando ainda mais a precariedade no atendimento. Portanto, a situação da agência Jatuarana é apenas um dos inúmeros exemplos de que a categoria bancária está adoecendo por causa das péssimas condições de trabalho e pela cobrança constante de metas desumanas, e infelizmente a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), nas mesas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, se nega a admitir esta realidade”, conclui a dirigente.