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Banco do Brasil tem lucro de mais de R$ 4,2 bilhões no 3º trimestre, alta de 34%

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 4,256 bilhões no 3º trimestre. O resultado representa um aumento de 34% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a instituição lucrou R$ 3,175 bilhões. Se comparado com o resultado do 2º trimestre, o lucro foi 1,2% maior.
No acumulado em 9 meses, o lucro líquido soma R$ 12,468 bilhões, alta de 37,6%.
Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou R$ 4,5 bilhões no período entre julho e setembro, valor 33,5% maior se comparado ao mesmo período de 2018, o que representa um crescimento de 2,5% em relação ao segundo trimestre. O resultado superou os R$ 4,335 bilhões esperados pelos analistas, segundo estimativas da Refinitiv.
O retorno sobre o patrimônio líquido do Banco do Brasil, um indicador da lucratividade dos bancos, atingiu 18%, ante 17,6% no trimestre anterior.
Segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira (7), o resultado do trimestre foi sustentado “pelos aumentos da margem financeira bruta e da recuperação de crédito”.
O lucro também foi ajudado pela receita de prestação de serviços, que subiu 8,7% em relação ao ano anterior. Foi impulsionada principalmente pela gestão de fundos, planos de aposentadoria, seguros e banco de investimentos.
A carteira de crédito ampliada do banco totalizou R$ 686,7 bilhões no final do 3º trimestre, o que representa uma queda de 0,7% na comparação com setembro do ano passado e recuo de 0,3% na comparação com junho.
A queda foi puxada pela carteira de crédito para pessoas jurídicas, que recuou 7,4% na comparação anual. Já no segmento de empréstimos para pessoas físicas cresceu 10,2%, impulsionada pelo crédito consignado, em empréstimo pessoal e financiamento imobiliário.
O índice de inadimplência ficou estável em 3,47%, um pouco acima do trimestre anterior.
“O BB apresenta lucro em cima de lucro e é altamente rentável. Os resultados comprovam que não existe qualquer motivo para que o governo insista em vender o banco, seja a empresa mãe, seja as subsidiárias”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “A única justificativa seria a existência de interesses escusos, que não podem ser revelados para a sociedade”, completou.
Tarifas, agências e emprego
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 7,3% em um ano, alcançando R$ 21,7 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, cresceram 11,7% no mesmo período, totalizando a R$ 18,5 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 117,06% em setembro de 2019.
“Somente com o montante das tarifas que o banco cobra de seus clientes, que é irrisório perto do que o banco arrecada com outras fontes de receita, ele consegue pagar toda a folha de pagamento e ainda sobra 17,06%”observou Fukunaga. “As tarifas estão altas, os funcionários estão sobrecarregados e são mal remunerados. Isso é o que dá para perceber analisando esse dado”, completou.
Ao fim do 3º trimestre de 2019, o BB contava com 93.872 funcionários. O quadro de funcionários sofreu uma redução de 3.360 postos de trabalho em doze meses. Segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a grande redução do quadro de funcionários se deve ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ), anunciado ao final de julho de 2019, e que, de acordo com o relatório do banco, resultou no desligamento de 2.367 funcionários, gerando uma despesa de R$ 250 milhões. No período, também em função do PAQ, foram fechadas 462 agências e abertos 98 postos de atendimento.
“A população é fortemente afetada tanto pela redução do quadro de funcionários quanto pelo fechamento de agências. É cada vez maior o número de cidades brasileiras sem qualquer tipo de atendimento bancário. Além de ter que se deslocar por grandes distâncias até encontrar uma agência, quando encontra as pessoas precisam enfrentar grandes filas em função da falta de funcionários para prestar atendimento”, explicou o coordenador da CEBB. “A população mal atendida e os funcionários estressados, sobrecarregados e sob grande pressão são as consequências desta política adotada pela atual gestão, que prejudica a população e leva os trabalhadores ao adoecimento”, concluiu Fukunaga.
G1 e Contraf-CUT

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