Responsáveis pelo setor mais lucrativo do país, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco devem fechar mais 1.200 agências juntos, até ao final do próximo ano. Impulsionados pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV), o argumento dos bancos em reduzir custos contradiz com os resultados financeiros apurados pelo Dieese.
Anunciado pelo Presidente Octavio de Lazari, o Bradesco que já soma 50 agências fechadas neste ano, deverá encerrar mais 450 até o fim de 2019. Banco que já lucrou R$19 bilhões em 2019, deve ter seu processo de encerramento iniciado já nessa reta final, com menos 100 agências, de acordo com o próprio Octavio.
Já o Banco do Brasil, de Rubem Novaes, que já afirmou a necessidade de privatizar a instituição, acumula R$13,2 bilhões de lucro no ano. Mesmo com o exorbitante resultado, o BB fechou 3.360 postos de trabalho no mesmo período.
O recordista de lucros no ano, o Itaú que já soma R$ 21,067 bilhões, fechou 3.534 postos de trabalho no período, além de extinguir 204 agências.
Os três maiores bancos do país já fecharam 749 agências físicas no Brasil. O fechamento de mais unidades para o próximo ano é estimado em 800.
A maior redução está no BB, que em doze meses diminuiu em 11% sua estrutura, enquanto o Bradesco e Itaú recuaram em 1,8% e 5,7% respectivamente.
“Mais do que nunca a categoria precisa compreender a importância do fortalecimento e da valorização das entidades sindicais na defesa do emprego e dos direitos. Participar da campanha de sindicalização é o primeiro passo”, afirma a presidenta do Sindicato Adriana Nalesso.
SEEB-RJ