O Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta terça-feira (26) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, para seguir com os debates sobre os efeitos da Medida Provisória 905/2019, que retira direitos conquistados pela categoria bancária. No último dia 14 de novembro, em reunião com os bancos, a representação dos bancários conseguiu segurar a implantação imediata da MP, até que seja concluída as negociações entre as partes.
Na reunião com a Fenaban, o Comando irá propor a assinatura de um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2018/2020, válido até dezembro do próximo ano, com o propósito de garantir todos os direitos da categoria, de modo a neutralizar a Medida Provisória 905 em todos os pontos que atingem os bancários. Os detalhes do texto do aditivo serão debatidos no encontro do dia 26.
Além de repudiar os itens constantes na MP, a representação nacional dos bancários não aceita o trabalho aos sábados e domingos e nem a extensão da jornada para 44 horas semanais. Tampouco são aceitas as alterações definidas pela Medida Provisória que permitem a negociação da PLR sem a participação das entidades sindicais e que desrespeitem os pisos salariais da categoria.
Por conta dessa negociação, a reunião da mesa temática sobre segurança bancária, prevista para o dia 26, foi temporariamente adiada. A mesa temática sobre saúde fica condicionada à conclusão do debate sobre a MP 905 com os bancos.
Plenária para organizar a resistência
Por orientação do Comando Nacional, diversas entidades sindicais vão realizar plenárias para organizar a resistência contra a MP 905.
Para derrubar essa Medida Provisória, os bancários de todo Brasil levam a mobilização para as ruas, para as agências bancárias e para o Congresso Nacional. Visam, com isso, derrotar esses retrocessos e assegurar a manutenção de direitos consagrados na CCT.