O Santander tem três casos confirmados de funcionários com covid-19 até o momento em Rondônia, sendo que uma bancária testou positivo no início do mês, um bancário teve resultado positivo no último sábado, 13, e uma terceira teve resultado confirmado ontem, 16 de junho, terça-feira. Todos eles da mesma agência, situada na avenida José de Alencar, no Centro de Porto Velho.
A agência ficou fechada por um bom tempo logo após o primeiro caso, e só reabriu semana passada. Mas após as confirmações destes dois novos casos, um na segunda e um na terça, ela voltou a ser fechada nesta quarta-feira, 17 e só reabrirá, talvez, na próxima segunda-feira, 22, após nova desinfecção.
São essas as informações que foram repassadas ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que acompanhou os casos de perto e vem cobrando as providências necessárias à diretoria do banco no Estado para preservação da saúde dos trabalhadores, tanto os que foram contaminados pelo novo coronavírus quanto os que não foram, mas que estão afastados e monitorados.
Enquanto isso o banco vem promovendo demissões em vários locais do Brasil e já retomou a política de cobranças desumanas para cumprimento de metas, o que tem levado os trabalhadores a um clima de maior insegurança e incerteza, principalmente em tempos de pandemia de covid-19.
Sindicatos de todo Brasil realizaram ontem, nesta terça-feira (16), manifestações para denunciar as arbitrariedades do Santander. O banco é acusado de cobrança de metas inatingíveis e demissão dos funcionários que não as cumprem, mesmo após ter assumido compromisso de que não demitiria funcionários durante a pandemia.
Além das atividades ocorridas nas portas de agências e departamentos do banco, os sindicatos convidaram funcionários, clientes e toda a população a se manifestar nas redes sociais sobre os fatos que envolvem o banco. O Sindicato de Rondônia participou das manifestações via redes sociais. Entre 12 e 13 horas houve um twitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil, que levou as denúncias aos assuntos mais comentados do Twitter.
“Num momento em que todos deveriam ter um pouco mais de humanidade e solidariedade, o Santander pressiona seus funcionários a atingir metas que eram difíceis antes mesmo da crise sanitária mundial e, agora, totalmente impossíveis de serem atingidas. E com isso, vem as demissões, que causam ainda maior sofrimento a quem precisa, pelo menos, do seu emprego nessa época tão sombria”, mencionou Clemilson Farias, diretor de Finanças do SEEB-RO e funcionário do Santander.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, pode haver demissão em massa de 20% do quadro de pessoal. O banco diz que haverá demissões, mas não deve chegar aos 20% anunciados pelo jornal. No entanto, confirma que as demissões ocorreram pelo não cumprimento de metas.