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Na rodada de negociações deste sábado, bancos insistem em proposta rebaixada de PLR e redução da gratificação de função

Na nona rodada de negociações, realizada por videoconferência neste sábado, 22/8, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apesar de ter recuado na retirada da 13ª cesta alimentação, manteve sua postura de retirar direitos e, novamente, não apresentou nenhuma proposta nova sobre reajuste salarial.

As propostas dos representantes dos bancos, até o momento, continuam bem distantes das reivindicações da categoria. A negociação continuará na próxima terça-feira, 25.

Para a semana que vem, a categoria prepara assembleias organizativas, plenárias, agito nas redes sociais e novas manifestações.

Um dos pontos centrais da negociação, o reajuste salarial, não foi apresentado pela Fenaban. Os bancos disseram que ainda estão construindo uma nova proposta salarial para apresentar na semana que vem. Na sexta-feira (21), apresentaram a proposta de reajuste ZERO, rejeitada pelo Comando Nacional na mesma hora. Antes, já tinham defendido a redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o fim da 13ª cesta de alimentação.

Na reunião deste sábado, após muita pressão, retornaram com a 13ª cesta e apresentaram uma nova proposta de PLR, mas que ainda representa uma perda já que reduz a parcela adicional e os tetos.

A Fenaban acenou ainda com a possibilidade de se chegar a um acordo sobre a regulamentação do teletrabalho. A proposta será analisada pelo Comando Nacional. Os bancos, anteriormente, disseram que não tinham autorização para clausular o teletrabalho. Portanto, essa sinalização de hoje é considerada importante.

PROPOSTA DE PLR CONTINUA RUIM

Os bancos continuam querendo reduzir o valor da PLR. Pela proposta apresentada neste sábado, o percentual do salário retornaria ao patamar que vigorou entre 1997 e 2007, e o da parcela adicional retornaria ao patamar de 2012. Além disso, os valores fixos teriam redução de 10%, retornando ao patamar entre 2016 e 2017, e o fator acelerador da regra básica retornaria ao patamar de 2007.

Com todas as alterações de rebaixamento propostas pela Fenaban, somadas ao menor patamar de lucro dos bancos em 2020 – em função do aumento das provisões para devedores duvidosos -, a redução na PLR recebida pelos bancários pode chegar até a 48%.

Na nova proposta, também rejeitada pelo Comando, a Fenaban manteve o rebaixamento do percentual da parcela adicional de 2,2% para 2% do lucro líquido. Também manteve a redução no acelerador da regra básica de 2,2 salários para 2 salários. São justamente esses fatores que têm maior impacto na PLR dos três maiores bancos privados: Itaú, Bradesco e Santander.

Regra Básica – Hoje a CCT determina que a regra básica da PLR corresponde a 90% do salário + Fixo de R$ 2.457,29, com limite individual de R$ 13.182,18, e desde que não ultrapasse 12,8% do lucro líquido do exercício. Nesta segunda proposta apresentada pela Fenaban, seria 81% do salário + Fixo de R$ 2.211,56, com limite individual de R$ 11.863,96, e desde que não ultrapasse 12,8% do LL do exercício.

Parcela Adicional – A CCT determina que a parcela adicional da PLR corresponde a 2,2% do lucro líquido do exercício dividido pelo número de empregados elegíveis, com limite individual de R$ 4.914,59. A segunda proposta da Fenaban prevê: 2,0% do LL do exercício dividido pelo número de empregados elegíveis, com limite individual de R$ 4.423,13.

MOBILIZAÇÃO

Para o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban precisa melhorar suas propostas para que a negociação termine na semana que vem com um acordo. Enquanto a negociação acontecia por videoconferência, em várias cidades do país bancários realizaram manifestações e carreatas para cobrar propostas que garantam salários dignos e os direitos conquistados.

O Comando Nacional, reunido após a reunião com a Fenaban neste sábado, decidiu orientar os sindicatos de todo ao país a realizarem assembleias e plenárias organizativas para preparar a categoria para a semana decisiva da Campanha Nacional.

“Com retirada de direitos não tem acordo. Não vamos aceitar retrocessos. O que queremos é avanço, pois mesmo com a crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus, os bancos continuam lucrando, e é justo que eles compartilhem esses lucros com os trabalhadores, os verdadeiros responsáveis por estes lucros. Na próxima rodada de negociação esperamos que os bancos tragam uma proposta decente e justa, que venha a contemplar os anseios da categoria que, muitas vezes, está na linha de frente, no atendimento ao público, colocando em risco, diariamente, a própria saúde. Portanto, nada mais justo que este sacrifício dos trabalhadores seja reconhecido e valorizado pelos seus empregadores, que representam o setor mais lucrativo da economia”, destacou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

O Sindicato fará, na terça-feira (25), a partir das 8 horas, uma plenária informativa virtual (via aplicativo Zoom) com esclarecimentos sobre o andamento das negociações até o momento. O link será enviado por e-mail para os bancários, minutos antes da plenária.

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SEEB-RO, com informações do Comando Nacional dos Bancários

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