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Fenaban recua na retirada de direitos e na regra da PLR, mas insiste em reajuste zero para 2020

Na 12ª segunda rodada de negociações da Campanha Nacional 2020, realizada nesta quarta-feira, 26/8, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos bancos (Fenaban), pouco se avançou na questão do reajuste salarial, mas houve recuo por parte dos representantes dos bancos na retirada de direitos da categoria.

Os bancos recuaram em mexer na regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e ficou mantida a parcela adicional que é de 2,2% do lucro líquido sem alterar a regra. Porém, os representantes dos bancos insistiram no reajuste zero para 2020, só abono. Propuseram um abono de R$ 1.656,22 para este ano. Para o ano que vem, a proposta apresentada foi de repor 70% da inflação pelo índice do INPC a partir de 1º de setembro e os outros 30% depois de seis meses.

Até agora, as propostas da Fenaban têm tido uma repercussão muito ruim para a categoria. Os bancários tem consciência dos lucros que os bancos tiveram mesmo com crise, e sabem, sobretudo, o esforço e sacrifícios que tiveram para trabalhar durante essa pandemia.

A questão da saúde e condições de trabalho ainda deverão ser discutidas entre o Comando e a Fenaban. Houve concordância em negociar o teletrabalho, mas ainda não foi finalizada a questão da jornada, dos móveis e dos valores. O Comando espera que a Fenaban sinalize no ressarcimento de custo de internet e com equipamentos.

O Comando Nacional criticou a postura da Fenaban de insistir no reajuste zero para este ano e o parcelamento do INPC para 2021. Foi decidida uma nova negociação para a tarde desta quinta-feira (27), antes das assembleias nos sindicatos. Ou seja, os bancos têm até à noite pra colocar uma proposta decente de reajuste.

A assembleia virtual promovida pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) acontece a partir das 18 horas, horário local.

PERDAS

O reajuste zero significa uma perda real de -2,66% nos salários dos bancários. E o abono de R$ 1.656,22 corresponde à metade do que seria necessário para recompor, pela inflação de 2,74%, a remuneração anual do salário médio da categoria. Com este abono proposto, 74% da categoria teria perdas anuais em comparação ao reajuste pela inflação.

É importante lembrar que o abono não é incorporado ao salário, portanto as negociações em 2021 já começariam com o salário rebaixado. E em 2021, os bancos propõem aplicar apenas a inflação e parcelada em duas vezes. Com isso, os bancários teriam mais 6 meses de perdas salariais em 2021.

Outro ponto a ser levado em consideração é que a proposta econômica de reajuste zero para salários significa também reajuste zero para demais verbas como VA e VR. E a inflação de alimentos dos últimos 12 meses foi de 8,3%. Significa também reajuste zero nos valores fixos e tetos da PLR.

SEEB-RO, com informações do Comando Nacional dos Bancários

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