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Sindicato repudia cobrança desumana a empregados da Caixa que estão em home office

Alguns gestores da Caixa Econômica Federal tem promovido um clima de pressão contínua sobre os empregados que estão em teletrabalho (home office) desde o início da pandemia do novo coronavírus, para que estes bancários (que estão trabalhando em casa) atinjam, a qualquer custo, a cota estipulada pelo banco na venda de produtos bancários. E essas cobranças, de acordo com as inúmeras denúncias que chegam diariamente ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) acontecem fora do horário de expediente dos bancários, a qualquer hora do dia ou em qualquer dia da semana, seja dia útil, seja fim de semana ou feriado.

O teletrabalho foi uma das medidas de prevenção adotadas pelas empresas em todo o país no combate ao novo coronavírus, e nos bancos públicos e privados não foi diferente. Mais de 230 mil bancários foram encaminhados para trabalhar em suas casas ainda em 2020, e desde então o movimento sindical iniciou uma campanha permanente para regularizar e fiscalizar a situação dos trabalhadores em home office, a fim de garantir o suporte ideal para o exercício da atividade bancária em casa e, principalmente, para impedir abusos por parte dos empregadores.

No entanto, mesmo após a direção nacional da própria Caixa anunciar a extensão do teletrabalho até o dia 31 de março, o início de 2021 veio com algumas mudanças nas Superintendências, e este processo trouxe uma demanda muito maior aos gestores (principalmente os gerentes gerais das agências), que, por sua vez, decidiram “repassar” essa pressão pelo cumprimento de metas para aqueles em home office.

Ou seja, os gestores passaram a pressionar os empregados em teletrabalho, por telefone (e não por canal corporativo), para que procurem os médicos que atestem a (ou suspeita de) covid-19, encaminhem o atestado médico “requerido” à GIPES (Gestão de Pessoas) ou, caso contrário, retornem ao trabalho presencial imediatamente.

O Sindicato ressalta, no entanto, que o protocolo vigente (da Caixa) não abrange alguns empregados que se enquadrariam no chamado “grupo de risco”, como pessoas acima de 60 anos, portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, gestantes, e crianças menores de cinco anos, entre outros.

Além disso, os bancos continuam não oferecendo informações exatas sobre o número de bancários que foram infectados ou que faleceram por covid-19.

“Não podemos admitir que o banco gere uma pressão sobre os empregados da Caixa que, desde o início da pandemia, tem se sacrificado, dia após dia, para atender o público que, na maioria das vezes, precisou enfrentar filas gigantescas para conseguir algum benefício emergencial, para a sua sobrevivência e de suas famílias. Ou seja, desde o início os empregados da Caixa estiveram na linha de frente no combate à pandemia, para assegurar o pagamento desses benefícios sociais num momento de dor e desespero coletivo. E isso lhes causou um desgaste humano jamais visto, um sacrifício que deveria ser reconhecido e valorizado. Em vez disso o banco já começa o ano trazendo mais pressão? Não podemos admitir essa injustiça, essa postura desumana que adoece ainda mais aqueles trabalhadores que querem apenas salvar as suas vidas, as de seus familiares e a vida de milhões de brasileiros desamparados”, acentua Euryale Brasil, diretor Jurídico do SEEB-RO e empregado da Caixa.

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