O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) convoca todos os funcionários do Banco do Brasil no Estado a aderir à greve de 24 horas – usando roupas pretas – que vai acontecer nesta quarta-feira, dia 10 de janeiro, em todo o país, e que serve como um alerta ao banco que, já nesta quarta, começa a descomissionar todos os empregados que exercem a função de caixa.
Esse descomissionamento, que representa a extinção da função de caixa, é só uma das muitas mazelas que vem junto no “pacote de maldades” disfarçado de reestruturação anunciada em 11 de janeiro pela direção nacional do BB.
A reestruturação vai fechar 361 unidades (112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento), descomissionar centenas de funções, e fechar 5.533 postos de trabalho, uma clara tentativa de enfraquecer o banco bicentenário para depois privatizá-lo.
“A participação de todos os funcionários é fundamental neste momento, pois hoje eles (a direção do banco) extinguem a função de caixa, amanhã poderá ser a do assistente e lá na frente a do gerente. Essa é uma luta de todos os bancários, independente da função que exercem, e é uma luta, também, contra essa postura do governo de fazer o desmonte dos bancos públicos, que pertencem ao povo, não ao governo federal”, enfatizou José Pinheiro, presidente do SEEB-RO.
A concentração para a greve desta quarta-feira será na agência da Dom Pedro II, no Centro de Porto Velho, a partir das 8 horas.
NEGOCIAÇÃO COM O BANCO CONTINUA
Os trabalhadores exigem a suspensão dos descomissionamentos dos caixas enquanto perdurarem as negociações, além de informações sobre número de funcionários afetados e de agências a serem fechadas em nova reestruturação do Banco do Brasil. Mas o banco prefere se manter em silêncio e não fornece qualquer informação aos representantes dos bancários, como aconteceu na reunião de ontem, segunda-feira (8/2), entre Contraf-CUT e BB, e mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
A negociação continua hoje, durante todo o dia. Na primeira parte da reunião, o banco apresentou uma proposta de prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, mas condicionou a proposta à assinatura por todas as entidades do acordo de compensação de horas em decorrência da pandemia e do Acordo de Comissão de Conciliação Prévia (CCP), ambos já em negociação com a Contraf-CUT. O banco também exige a retirada de ações judiciais em andamento contra o banco. A Contraf-CUT recusou a proposta.
As negociações serão continuam ainda nesta terça-feira.
SEEB-RO, com informações da Contraf-CUT
