O Comando Nacional dos Bancários apresentou nesta quinta-feira (13) aos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) as reivindicações sobre igualdade de oportunidades da categoria. O Comando reivindicou a incorporação à Convenção Coletiva de Trabalho do aditivo assinado em março deste ano que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias. Outra questão levantada é que as negociações da campanha comecem a ser definidas na semana que vem.
As propostas da categoria discutidas nesta quinta-feira apontam para o fim das desigualdades nas instituições bancárias, que atingem preponderantemente as mulheres, negros, homossexuais e pessoas com deficiência (PCDs). O Comando Nacional reivindicou a incorporação à Convenção Coletiva do aditivo assinado em março com a Fenaban para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias. No programa está prevista a criação pelos bancos de canais de apoio para que bancárias vítimas de violência busquem assistência, acolhimento e atendimento.
“Esse debate precisa ser feito banco a banco, para implementarmos esses canais internos. Esses canais iriam ser construídos quando surgiu a pandemia. Agora, precisamos informar o quadro de funcionários. Precisamos retomar essas ações e implementar esse programa para dar assistência às bancárias vítimas de violência”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, umas das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
Censo
Na reunião, a Fenaban apresentou os dados do 3º Censo da Diversidade Bancária. Mas, as informações trazidas foram consideradas insuficientes pelo movimento sindical. Os representantes do Comando Nacional reivindicaram que os dados sejam apresentados de forma completa para uma análise das desigualdades que atingem @s bancários.
A Fenaban ficou de apresentar os dados em uma nova reunião a ser marcada. “Os dados do censo apresentados foram insuficientes. Vamos marcar uma próxima reunião para a Fenaban abrir todos os dados”, disse Juvandia.
Campanha
A presidenta da Contraf-CUT também cobrou no final da reunião que as negociações comecem a ser definidas. “A gente quer que as definições sobre as negociações comecem a acontecer. Eles precisam apresentar a proposta deles para que possamos encerrar a campanha até o final da semana que vem”, falou Juvandia. A próxima reunião de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban acontece nesta sexta-feira (14), quando serão debatidas as Cláusulas Sociais e outras reivindicações.
Contraf-CUT