O Banco da Amazônia completa 80 anos, neste sábado (9/7), como a principal instituição de incentivo ao desenvolvimento da região Norte do país e batendo recorde de contratações de fomento à economia regional.
Fundado em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial, como Banco de Crédito da Borracha, a instituição tinha como objetivo financiar a produção de borracha destinada aos países aliados. Na década de 50, já como Banco de Crédito da Amazônia S.A por decisão do Governo Federal, ampliou o financiamento para outras linhas produtivas. E em 1996, a instituição adotou o nome de Banco da Amazônia e passou a ser o principal agente de desenvolvimento da Amazônia Legal, principalmente a partir de 1989, quando o banco começa a operar o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO, criado em 1988.
A exclusividade de gestão do FNO pelo Basa esteve ameaçada em 2021 com a Medida Provisória 1052, que previa redução da taxa de administração cobrada pelos bancos e, assim, o Banco da Amazônia deixaria de ter uma importante fonte de recursos para os empréstimos regionais que concede. A redução comprometeria a sustentabilidade dos fundos de desenvolvimento regionais e a própria existência do Banco da Amazônia, tendo em vista que o FNO representa 85,5% de suas operações de empréstimo.
Ainda em 2021, no dia 29 de setembro, a atual diretoria do Banco da Amazônia comunicou que faria a demissão em massa de todos os bancários e bancárias que fazem parte do seu Quadro de Apoio, medida que atingia diretamente 121 bancários e bancárias somente no Pará. Desde então, o Sindicato dos Bancários do Pará, junto com a AEBA, Fetec-CUT/CN, Contraf e a CUT construíram uma série de mobilizações políticas e jurídicas para barrar essa medida autoritária da direção do banco. A luta e a resistência do Quadro de Apoio foram determinantes para conquista de uma liminar judicial movida pelo Sindicato para barrar as demissões, mas a luta contra as demissões imotivadas de empregados públicos continua.
“É uma data importante não apenas para os funcionários do banco, mas para todas as populações das cidades e estados que contam com a presença de alguma agência do Basa. Estamos falando da instituição que, em oito décadas, tem sido a mais importante fonte de fomento do desenvolvimento da Amazônia, seja pelo fornecimento de créditos para micros, pequenos e médios empresários, seja pelo apoio à agricultura como um todo. É um banco que não se preocupa apenas com os grandes, mas com os pequenos produtores rurais, contribuindo, desta forma, com o desenvolvimento social e econômico desta gigantesca região do país”, destacou Ricardo Vitor, diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e funcionário do Basa.
Em 2021, o Basa bateu recorde de contratações de fomento, encerrando o ano com R$ 13,1 bilhões, crescimento de 19,51% em relação ao mesmo período de 2020, que foi de R$ 11 bilhões.
SEEB-RO, com informações do SEEB-PA e Contraf-CUT