Pesquisar
Close this search box.

Compartilhar :

Categoria bancária realiza dia nacional de luta por proposta digna nesta quinta, 15

Objetivo é reforçar cobrança à Fenaban por proposta completa para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho e que corresponda às reivindicações das bancárias e bancários

Nesta quinta-feira (15/8), a categoria bancária realizará mais um dia nacional de luta, desta vez para pressionar os bancos para a entrega de uma proposta digna e global para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima mesa de negociações, agendada para terça-feira, 20. As manifestações acontecem em resposta à postura da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários.

“Nossa expectativa é que tivessem apresentado uma proposta completa, diante de todas as informações que trouxemos nas mesas anteriores, defendidas com dados sobre a realidade do setor e a capacidade dos bancos, que é o setor com maior geração de lucros no país”, disse após o encontro a coordenadora do Comando e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, completou: “Faz dois meses que entregamos nossa pauta para os bancos e até agora eles não trouxeram respostas para nossas reivindicações econômicas. Vamos continuar mobilizando a categoria, nos locais de trabalho e nas redes sociais por proposta decente”.

REIVINDICAÇÕES

O Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta de reivindicações, para a renovação da CCT, no dia 18 de junho. O documento foi elaborado com base na Consulta Nacional dos Bancários, realizada com quase 47 mil trabalhadores. A minuta também foi submetida à aprovação pela 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e em assembleias realizadas em todo o país, com adesão de mais de 95% dos votantes.

Após a entrega da minuta, foram realizados uma série de encontros entre os representantes dos trabalhadores e dos bancos. “Em cada rodada, defendemos, ponto a ponto, as reivindicações da minuta, com base em dados sobre a realidade do mercado e a capacidade dos bancos. Dos 8.809 setores no país que fizeram negociações salariais, neste ano, 86% tiveram aumento real. Vários deles convivem com concorrência e tem lucros e rentabilidade muito inferiores aos dos bancos, a exemplo de comércio, agropecuária, serviços médicos hospitalares e energia elétrica”, reforçou Juvandia Moreira.

REIVINDICAÇÕES POR TEMA

Cláusulas econômicas

– Aumento salarial acima da inflação (reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%).

– Melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.

– Aumento nas demais verbas, incluindo VA/VR, auxílio babá e auxílio creche.

Cláusulas sociais

– Igualdade de oportunidades e igualdade salarial, entre gênero e raça.

– Mais mulheres no setor de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos.

– Olhar especial para bancárias e bancários transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo com menor expectativa de vida no país, por conta da violência e preconceito que também dificultam o acesso e permanência no mercado de trabalho.

– Combate ao assédio moral e sexual.

Saúde

– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes, para que tenham garantia de ambiente de trabalho adaptado e condições de ascensão profissional.

– Direito à desconexão.

– Combate à gestão por metas abusivas e que impacta na saúde e nas condições de trabalho.

E ainda

– Garantia de emprego e dos direitos conquistados.

– Fim das terceirizações.

– Retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, e garantir direitos dos desligados.

– Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica.

– Indenização adicional em caso de demissão.

– Garantias para mães e pais de PCDs, quando necessitarem acompanhar filhos nos atendimentos médicos e educacionais.

– Segurança nos ambientes físicos e digitais do sistema financeiro.

Fonte: Contraf-CUT

Comente o que achou:

Jornal

Cartilha