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Com greve deflagrada na maioria dos estados, entidades tem nova mesa de negociação com Basa

Um dia após a aprovação da deflagração da greve na maioria dos estados, sindicatos, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN tiveram mais uma mesa de negociação com a Comissão do Banco da Amazônia, na tarde desta segunda-feira (9/9), em formato virtual, onde as entidades pediram a manutenção dos direitos estabelecidos no ACT vigente até resolução do novo acordo.

Além do pedido de ultratividade, o sindicato solicitou melhorias nos índices econômicos, especificamente reajuste salarial, 13ª cesta, ticket e abono.

A demanda tem fundamento comprovada em lucros. O Banco da Amazônia teve lucro de R$ 1,345 bilhão, alta de 19,9% em comparação com o ano passado. O patrimônio líquido chegou a R$ 5,9 bilhões e o ROE (retorno sobre patrimônio) ficou em 25,1%.

Em resposta, o banco informou não ter autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), para avançar nesses itens.

“Ratificamos mais uma vez a insatisfação do funcionalismo que quer um reajuste salarial maior e melhor, tanto é que houve a deflagração de greve por ampla maioria; e nós representantes dos bancários e bancárias, enquanto definimos os próximos passos do movimento paredista, estamos também em busca de avanços na proposta específica do Basa”, explica a presidenta do Sindicato e membra do Comando Nacional, Tatiana Oliveira.

Para continuar a negociação, o banco informou que cerca de dois mil empregados e empregadas possuem empréstimo chamado cheque-salário. Sobre isso, a empresa propõe o salto das 4 parcelas restantes de 2024 (setembro, outubro, novembro e dezembro) para o final do contrato. Ou seja, se o prazo para quitar o pagamento for de 5 anos, essas últimas 4 parcelas serão pagas ao final, na mesma condição que está hoje, com juros.

O sindicato perguntou se na proposta do banco o prazo é adaptável, ou seja, o empregado e a empregada podem decidir entre 1 e 4 parcelas, ou se é fechado em 4 parcelas, necessariamente.

A entidade perguntou ainda, se a empresa estudou ofertar taxa, onde os empregados possam ter desconto ao aderir a novos contratos, para que os empregados tenham de fato algum retorno positivo ao renegociar contratos. O banco respondeu que irá checar a possibilidade.

Outra informação da empresa é que cerca de mil empregadas e empregados possuem adiantamento de férias. Para isso, o Banco da Amazônia propôs suspender a cobrança dos meses restantes de 2024, retornando o pagamento em janeiro de 2025.

Ambas as propostas, caso sejam aceitas, são por adesão.

A Comissão de Negociação solicitou que a mesa continue na manhã desta terça-feira (10/9), pois está fazendo outros exercícios internos para agregar nas propostas, além de estar aguardando respostas da SEST para diversas reivindicações, especialmente nas que se referem ao PCCS.

A título de esclarecimento, o banco enfatizou que caso haja melhora nas propostas, a vantagem também se estenderá às bases que já aceitaram o ACT.

Fonte: SEEB-PA, com edição do SEEB-RO

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