O coronavírus já causou mais mortes de bancários da Caixa Econômica Federal durante os dois primeiros meses de 2021 do que durante todo o ano de 2020. Até agora, pelo menos 40 foram vitimados pela doença, mais do que os 19 registrados entre março e dezembro do ano passado, comprovando o momento de agravamento da pandemia, o descaso do Governo Federal e da gestão da Caixa para com os empregados e a população.
O levantamento, realizado pelas entidades sindicais, aponta que, além de vinculada diretamente ao trabalho presencial, a alta triplica ao incluir os trabalhadores terceirizados.
Se forem levados em conta os familiares que residem com trabalhadores efetivos e terceirizados, o número de vítimas da irresponsabilidade do presidente da República e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, deve ser ainda mais alarmante.
A pandemia chegou em um nível desesperador e em todo país já há falta de leitos de UTI e respiradores. Ainda assim o Governo Bolsonaro e a direção da CEF, sob a batuta de Pedro Guimarães, exigem metas absurdas e jornadas extenuantes dos trabalhadores na CEF.
Muitas unidades não respeitam sequer a determinação de rodízio para o atendimento presencial e há trabalhadores que não fizeram um único dia de rodízio desde o início da pandemia.
Metas x Saúde
Além de acabar com a saúde mental dos bancários, os recrudescimentos das condições psicossociais feitos com a cobrança de metas desumanas também estão aumentando a exposição dos bancários à Covid-19. O que tem sido apurado é que os atendentes que podiam estar acabando com as filas e estão totalmente voltados a outras funções.
A direção da Caixa, em vez de priorizar a proteção dos trabalhadores e da população e no serviço essencial que está sendo prestado, vem fazendo cobranças desumanas de metas, tirando os empregados do atendimento e deslocando-os para a venda de produtos, aumentando o risco de contaminação por conta das grandes filas. É preciso aumentar a proteção dos trabalhadores, as medidas de segurança e a contratação de mais empregados para garantir a saúde e a segurança de todos.
“É fundamental exigir rodízio para todos, inclusive terceirizados, e o respeito aos protocolos de segurança. A Caixa tem uma missão nessa pandemia, e essa missão é ajudar os trabalhadores que precisam nesse momento difícil, não é garantir mais lucros visando a futura privatização, plano de Bolsonaro e Guimarães. Denuncie sua unidade se ela não cumprir o rodízio! Exigimos rodízio para todos e o fim das metas durante a pandemia! Precisamos parar antes que a morte nos pare”, ressaltam os representantes dos empregados da Caixa em todo país.
