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Denuncie o assédio moral ao seu Sindicato

O assédio moral deve ser visto como um problema de saúde pública e um dos riscos no mundo do trabalho, devido ao alto índice de suicídios gerando uma preocupação presente em todas as áreas e que mobiliza gestores de empresas públicas, privadas, organizações sindicais e sociais.

Mas o que é o assédio moral?

É toda e qualquer conduta abusiva que, intencional e frequentemente, fira a dignidade e a integridade física ou psíquica de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.

A vítima de assédio é inferiorizada, passa a ser hostilizada e é aos poucos isolada do restante dos colegas. Estes, por sua vez, por medo do desemprego ou também de serem hostilizados, frequentemente reproduzem as ações do agressor ou simplesmente se afastam, instaurando um pacto da tolerância e do silêncio coletivo, abandonando a vítima à sua própria sorte.

Em sua maioria, impera em um ambiente de excessiva competitividade, sustentado por relações hierárquicas assimétricas e desiguais, gerando rivalidade entre os funcionários. O assédio ocorre independente do sexo, idade, etnia e cargo. Qualquer pessoa pode ser vitimizada.

É, em geral, a prática de hostilização continuada e repetitiva no ambiente de trabalho. Esse processo de violência psicológica transcende a relação vítima-agressor, uma vez que é a própria organização – entendida como ambiente – que propicia e estimula esta prática. O assédio moral organizacional é materializado por ação ou omissão, através de gestos, palavras, comportamentos, procedimentos explícitos ou sutis.

MODOS DE GESTÃO

Nos bancos, as práticas de violência estão frequentemente associadas a aspectos organizacionais e gerenciais que costumam ser reproduzidas/manifestadas no contexto individual, gerando conflitos entre colegas, estimulando a competitividade e inviabilizando a solidariedade no coletivo.

GESTÃO POR INJÚRIA: práticas sistemáticas que abusivamente e persistentemente oprimem os trabalhadores, ofendendo-lhes a dignidade pessoal, a honra e a imagem. Podem se expressar por condutas de desrespeito, gritos, xingamentos e insultos.

GESTÃO POR COAÇÃO: ações coercitivas e constrangedoras para atingir metas e objetivos estabelecidos pelos superiores hierárquicos ou pela organização, gerando situações de pressão psicológica, estresse ou conflito.

GESTÃO POR DISCRIMINAÇÃO: atitudes de des­respeito e intolerância às diferenças, principalmente de gênero, de origem étnica cultural, de escolhas políticas e religiosas, de aparência física, etc.

GESTÃO POR MEDO: Ameaças implícitas ou explícitas como estímulo principal para gerar a adesão do trabalhador aos objetivos organizacionais. Ser ameaçado de perder o emprego, o cargo, ou ser exposto a constrangimentos, favorece condutas de submissão e obediência, e incita condutas agressivas. O trabalhador tende a assumir comportamentos que vão contra seus valores, deteriorando o clima e as relações de trabalho.

SINAIS

  • Intimidações e ironias diante de todos, para impor controle por medo;
  • Risos, comentários maldosos, apelidos, agressões verbais, ameaças, constrangimentos em públicos;
  • Prazos e metas impossíveis;
  • Desprezo, sonegação de informações e de materiais para a realização de tarefas;
  • Designar tarefas bem abaixo da capacidade intelectual e profissional e/ou não compatíveis com a função;
  • Sugerir que o bancário se demita.

O QUE A VÍTIMA DEVE FAZER?

  • Resistir: anotar com detalhes todas as humilhações sofridas: dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário.
  • Dar visibilidade, procurando a ajuda de colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
  • Organizar: o apoio é fundamental dentro e fora da instituição financeira.
  • Evitar conversar com o agressor sem a presença de testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
  • Exigir, por escrito, explicações do ato ao agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao DP ou RH e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada pelo correio, guardando o recibo.

Além de todos esses procedimentos é fundamental que não apenas a vítimas, mas as testemunhas do assédio moral, procurem o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), e faça a denúncia pelos nossos canais de atendimento:

E-mail:[email protected]

WhatsApp: (69) 99211-1650

E no nosso site oficial, pela sessão ASSÉDIO MORAL, ou clicando no link https://bancariosro.com.br/denuncia-de-assedio/.

Se você é testemunha de cenas de humilhação no trabalho, seja solidário com seu colega. Desta forma, estará evitando ser “a próxima vítima.” Todos unidos somos fortes no combate efetivo contra essa arbitrariedade com o ser humano.

Fonte: SEEB-RO

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