Apesar dos apelos dos sindicatos, federações e da Contraf-CUT, e do atual quadro assustador da pandemia do novo coronavírus, que a cada dia mata mais de dois mil brasileiros, em média, e com isso promove o colapso no sistema de saúde e, consequentemente, obriga cidades e estados a adotar medidas de restrição mais severas, impedindo as pessoas de trabalhar ou abrir suas empresas, comprometendo assim a já fragilizada economia, os bancos continuam demitindo seus funcionários sem o menor pudor.
E é o que está acontecendo em Rondônia, com o Itaú demitindo, só nos últimos dias, dois funcionários no interior do estado (cada um com mais de 30 anos de banco), e mais dois em Porto Velho.
Com a orientação do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), os trabalhadores demitidos no interior, contudo, tiveram suas demissões revogadas pelo banco após, ao realizar exames médicos, foram considerados ‘inaptos’ por estarem acometidos de doença ocupacional (LER/Dort), e que por isso não poderiam ser demitidos.
O diretor de Administração do Sindicato, José Toscano, orienta aos bancários que sofrerem esse tipo de atitude desumana por parte dos bancos, procurem imediatamente o SEEB-RO para a devida orientação e suporte jurídico.
“Não podemos admitir que um banco como o Itaú, que há anos lidera o ranking nacional dos maiores lucros entre as instituições financeiras, mesmo em tempos de crise econômica, continue agindo com tanto autoritarismo e falta de sensibilidade com o ser humano, simplesmente ‘descartando’ seus funcionários que, muitas vezes, dedicaram décadas de suas vidas para que o banco fosse hoje o mais lucrativo do país , entre os bancos privados. E é ainda mais inaceitável que essas demissões sejam feitas em plena pandemia, que além de matar milhares de brasileiros diariamente, também amplia a crise econômica e a temerosa taxa de desemprego no país”, enfatiza Toscano, que é funcionário do Itaú.