Diante do avanço da pandemia do coronavírus na Amazônia e em todo o país, o Sindicato dos Bancários do Pará, de Rondônia e a Fetec-CUT Centro Norte realizaram na manhã dessa quarta-feira (06) uma telereunião com o Banco da Amazônia para discutir ações de combate ao coronavírus na instituição.
O Banco informou que atualmente trabalha com 30% do seu quadro funcional no serviço presencial. Os demais trabalham em home office ou estão impossibilitados por estarem de férias ou por serem do grupo de risco. O banco destacou que possui hoje 800 empregados de férias, algo inédito na história da instituição.
Na matriz, em Belém, o banco opera com 10% de sua força de trabalho, o que envolve empregados e terceirizados. E nas agências a orientação é para que seja garantido apenas os serviços essenciais.
Há orientação para que em todas as unidades onde houver confirmação de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus, deve ser feito o serviço de higienização do local de trabalho. Por conta disso, algumas agências podem não funcionar, como é o caso da agência de Icoaraci, em Belém, onde o gerente contraiu o Covid-19 e, pelo quadro reduzido de funcionários, a unidade está fechada temporariamente e mantém apenas o serviço de compensação.
Do quadro de empregados afastados, o banco informou que houve cinco casos de óbitos em decorrência do coronavírus. Há um sexto falecimento registrado, mas por outro motivo.
Serviços de assistência aos empregados
O Banco da Amazônia analisa a possibilidade de fornecer os medicamentos aos empregados que precisarem de tratamento para o coronavírus e deve tomar uma decisão sobre o assunto até o final dessa semana.
Propostas das entidades sindicais
As entidades reconheceram o trabalho desempenhado pelo Banco da Amazônia diante da pandemia do coronavírus, sobretudo a importância que tem dado no atendimento aos empregados, na assistência aos casos de óbitos e no acompanhamento feito aos familiares.
Também reconheceram o auxílio que a instituição tem prestado aos empregados em questões mais formais, como em expedição de documentações fornecidas pelo INSS, que também passa por dificuldades de atendimento nesse momento de pandemia.
Diante dessa questão o Sindicato dos Bancários do Pará e de Rondônia também se colocaram à disposição dos empregados do Banco da Amazônia para auxiliar na regularização de documentos previdenciários, inclusive pela via judicial.
As entidades também apresentaram 3 reivindicações:
* Abertura para os empregados da suspensão e prorrogação do prazo de empréstimo do Cheque Salário (Chesal), como foi feito para os clientes;
* Apresentação de um programa para que os empregados possam utilizar as vacinas contra gripe e outras enfermidades, como já ocorre no Banco do Brasil, Caixa e Banpará;
* E garantia da restrição do acesso à matriz dos empregados que são do grupo de risco, inclusive com o bloqueio do cartão de acesso funcional.
O banco informou que todas as reivindicações apresentadas serão levadas para discussão e resolução no Gabinete de Crise da instituição.
“Foi de fundamental importância termos realizado essa telereunião com o Banco da Amazônia, para tomarmos conhecimento da realidade da categoria na instituição, apresentar propostas de ajudem a combater essa pandemia tão devastadora em nosso estado e em todo país. As entidades sindicais estão ativas e vigilantes em defesa da saúde e da vida dos empregados e empregadas do Banco da Amazônia e de seus familiares”, destaca o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.
“Aproveitamos a oportunidade para externar nossa solidariedade com os familiares de nossos colegas que faleceram pelo Covid-19. E ratificamos que estamos atentos e agindo para que os bancários tenham o apoio e os cuidados necessários pela empresa contra o coronavírus”, ressalta o dirigente da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
Os trabalhadores foram representados na reunião pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Pará Gilmar Santos, pelo diretor da Fetec-CUT/CN Sergio Trindade, pela dirigente do Sindicato dos Bancários do Pará Suzana Gaia, o dirigente do Sindicato dos Bancários de Rondônia Ricardo Vitor e com a assessoria jurídica do advogado do Seeb-PA Fernando Galiza.
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