Parte do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) do Banco da Amazônia foi apresentado no dia 16/5, às entidades sindicais (Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários do Pará e de Rondônia) em reunião online.
Segundo a gerente de Gestão de Pessoas, Bruna Carla Picanço, a atual estrutura dos cargos no banco vai ganhar uma nova identidade. Os técnicos científicos terão nova nomenclatura, técnicos profissionais em nível superior, sendo que os com formação em direito migram, exclusivamente, para o cargo de advogado; os com formação em engenharia (exceto os com formação em Engenharia da Computação e Engenharia de Comunicação), médicos veterinários e arquitetos mudam para o cargo de profissional de engenharia, veterinária e arquitetura; os profissionais em Tecnologia de Informação (TI), Ciência da Computação e afins passam a ser exclusivamente de Tecnologia da Informação.
Além desses, o termo técnico bancário deixa de existir e passa a ser bancário. Ainda no nível médio, surge um novo cargo, o de técnico em segurança do trabalho; mantendo-se o status atual de cargos em extinção que são os do Quadro e Apoio, e para estes, a intenção do banco é deixá-los de fora do novo Plano.
PESQUISA SALARIAL
Segundo o Banco da Amazônia (Basa), a tabela de novos salários foi construída a partir do benchmarking – processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banpará; além da contratação de uma empresa de consultoria ‘Mentoring’ que fez a pesquisa de mercado, geral (bancos públicos e privados) e concorrente (BNB e Banpará).
Com o resultado da pesquisa e a partir da implantação do novo PCCS, todos os cargos, inclusive os de técnico bancário, devem ter 30 níveis na progressão da carreira e interstícios diferenciados; a promoção por mérito será anual, de forma individual com base na avaliação de desempenho, respeitando-se o limite de 70% do orçamento; além da promoção por antiguidade a cada 5 anos, considerando o teto orçamentário de 30%.
Ainda de acordo com o Basa, o empregado e empregada que tiver interesse no PCCS terá que aderir ao plano, pois a transição não será automática; e quem não aderir, permanece com o salário e jornada atual.
PLANO DE FUNÇÃO
As entidades aguardavam também pela apresentação dos novos salários para as funções, mas o banco ainda não tinha os dados computados para apresentar e nem previsão. “São as funções que fazem a diferença no salário final e que de fato trazem o aumento real, portanto é necessário termos essas informações até para termos o parecer de um plano que de fato contemple os anseios de todo o funcionalismo”, destaca o diretor jurídico do Sindcato, Cristiano Moreno, que também é empregado do banco.
PRAZOS
Somente após aprovação pela SEST, o BASA poderá implantar o novo PCCS.
A expectativa do Banco da Amazônia é que ainda neste mês de maio, a proposta do novo PCCS seja apresentada à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), órgão do Governo Federal, e para o Ministério da Fazenda, a quem compete a aprovação do novo Plano. “Até essa reunião, prevista para o final do mês, o nosso Coletivo do Banco da Amazônia vai se reunir para avaliar o que nos foi apresentado e sugerir propostas e alterações caso julguemos necessárias. É o tempo que temos para avaliarmos, uma vez que hoje foi apenas uma apresentação”, explica a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.