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Entidades sindicais reafirmam ao Banco da Amazônia que grupo de risco só deve retornar ao trabalho após a vacina

Enquanto a pandemia durar, o Sindicato dos Bancários, Fetec-CUT/CN e Contraf-CUT estarão na linha de frente em defesa da saúde da categoria bancária. Na última quarta-feira (28), as entidades sindicais ratificaram junto ao Banco da Amazônia que os bancários e bancárias que fazem parte do grupo de risco só devem retornar ao trabalho presencial após a vacina.

“Esse cuidado quanto ao isolamento dos colegas do grupo deve se manter enquanto não for seguro voltar, principalmente após a confirmação do aumento do número de casos aqui na capital, confirmado pelo prefeito de Belém em uma rede social. Reafirmamos que a vida vale mais do que qualquer lucro, do que qualquer trabalho, mas a manutenção do emprego também precisa ser garantida”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

As entidades sindicais reafirmam a manutenção das medidas de prevenção:

  • Não retorno dos trabalhadores do grupo de risco até que se tenha a vacina.

  • Manter em home office os empregados que coabitam com pessoas de grupo de risco.

  • Revisão do termo da circular que deixa o gestor decidir subjetivamente o retorno ou não do empregado ao trabalho presencial.

  • Fornecimento de dados atualizados de casos de infectados e óbitos.

  • Manter as reuniões periódicas quinzenais para tratar de pandemia.

  • Sanitização imediata no ambiente de trabalho em caso de empregados infectados.

Negociações continuam

Os representantes da direção do Banco da Amazônia disseram que o retorno dos bancários e bancárias do grupo de risco será decidido no Comitê de Crise da empresa, que já prorrogou o retorno de 26 de outubro para 30 de novembro. A direção do banco também informou ontem que não aceita o retorno apenas quando tiver a vacina, mas que o assunto continuará sendo discutindo de acordo com a evolução da pandemia no estado.

“A reunião foi importante e oportuna porque demarcamos nossa posição em defesa dos trabalhadores e da preservação da sua saúde diante dos riscos de contaminação do vírus. Nos preocupa principalmente os bancários do grupo de risco. O banco reafirmou que prorrogou o prazo para retorno desse grupo até 30 de novembro, mas insistimos na nossa reivindicação de que o retorno só ocorra quando houver a vacina. O banco não aceita, mas se dispõe a continuar discutindo o tema nas próximas reuniões”, explica o coordenador da Comissão de Empresa do Banco da Amazônia e diretor da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade.

Em relação aos empregados e empregadas que coabitam com pessoas do grupo de risco, o banco informou que a decisão será tomada pelo gestor e que vai encaminhar às entidades sindicais os dados solicitados quanto ao número de casos de infectados e óbitos pela covid-19.

As reuniões entre as entidades sindicais e o Banco da Amazônia continuarão mensalmente, podendo acontecer extraordinariamente em caso de necessidade. Mas, excepcionalmente, a próxima reunião será no dia 17 de novembro, para debater a pandemia e a segurança bancária.

Sobre a sanitização dos locais de trabalho, a direção do banco informou que faz a higienização bimensal. Em caso isolado é feita a limpeza conforme a recomendação de uso de produto adequado para manter o ambiente desinfectado.

Teletrabalho

O banco também reafirmou que adota duas normas de segurança, uma que trata do teletrabalho temporário enquanto perdurar a pandemia, e outra relativa a procedimentos voltados para os cuidados com a saúde dos empregados e empregadas que estiverem em trabalho presencial, como a renovação dos estoques de máscaras, face shield e álcool em gel; bem como assistência psicológica aqueles que se manifestarem afetados pela pandemia direta ou indiretamente. Quatrocentos atendimentos já foram realizados segundo o Banco da Amazônia.

A direção da empresa também informou:

  • Desde agosto está em processo de retorno ao trabalho presencial os empregados que estavam em home office.

  • Na matriz ainda se verifica um percentual de 50% de trabalho presencial e os demais estão em teletrabalho. Sendo que para manter o teletrabalho dos empregados a alçada é do gestor, que pode decidir em até 40% do quadro do setor.

  • Nas agências o trabalho presencial está em quase 100%.

  • A maior incidência no teletrabalho são os empregados do jurídico e da TI.

O encontro desta quarta-feira teve ainda a participação da diretora do Sindicato e empregada do banco, Suzana Gaia, do assessor jurídico da mesma entidade, Luiz Fernando Galiza, além do presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos, e o diretor do Sindicato dos Bancários de Rondônia, Ricardo Vitor.

Fonte: Bancários PA com Fetec-CUT/CN e G1 PA

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