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Governo de Rondônia nega inclusão de bancários e cooperativários nos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19

O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), respondeu ontem, segunda-feira (26/4), ao ofício nº 011/2021 do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), de 1º de abril, que cobrava a inclusão das categorias de bancários e trabalhadores das cooperativas de crédito nos grupos prioritários do Plano Estadual de Imunização contra a covid-19.

No texto, o Governo nega o pedido do Sindicato, alegando que, de acordo com o Plano Nacional de Imunizações (PNI), todos os grupos elencados serão contemplados com a vacinação, no entanto, de forma escalonada, por não dispor de doses de vacinas imediatas para vacinar todos os grupos em etapa única.

“Ressaltamos que o Ministério da Saúde organiza, regulamenta e disciplina as ações de vacinação executadas em todo território nacional, bem como o público alvo e a faixa etária. Nesse sentido, Estados e municípios executam as atividades de vacinação em consonância com o Programa Nacional de Imunizações, mesmo realizando a aquisição de vacinas”, diz o ofício assinado pela diretora geral da Agevisa-RO, Ana Flora Camargo Gerhardt.

Para José Toscano, presidente em exercício do SEEB-RO, a justificativa sobre a precária disponibilidade das doses de vacinas, aliada à informação de que estados e municípios devem executar suas campanhas de vacinação conforme o cronograma estabelecido pelo PNI, para que bancários e cooperativários não sejam incluídos nos grupos prioritários, confirma claramente que o governo de Rondônia segue à risca a cartilha do governo federal.

“De que adianta o governador de Rondônia ser um dos mais ferrenhos aliados e defensores do presidente Bolsonaro, se Rondônia continua sendo o segundo estado com a pior taxa de vacinação contra a covid-19, recebendo as vacinas em quantidades ridículas que sequer atendem a todos os servidores da saúde? Todos sabem que não é de hoje que o presidente da nação tem uma agenda permanente de perseguição à classe trabalhadora e ao movimento sindical, e a categoria dos bancários, uma das mais fortes e combativas contra os desmandos do governo federal, claramente seria alvo desta postura de ódio do presidente, e que é colocada em prática sem nenhum pudor pelos governadores bolsonaristas. Infelizmente, é o caso do governador de Rondônia, que mostra, até mesmo com certo orgulho, sua lealdade canina a um governo que adota políticas e discursos negacionistas que colocam em risco a saúde do povo brasileiro”, dispara Toscano.

Os trabalhadores do ramo financeiro, em especial os bancários, estão incluídos no Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020, da Presidência da República (alterado pelo Decreto n° 10.329 de 28 de abril de 2020, que regulamenta a Lei n° 13.979 de 6 de fevereiro de 2020) que dispõe, no seu Artigo 3º, que atividades de atendimento ao público em agências bancárias, cooperativas de crédito ou estabelecimentos congêneres, são consideradas atividades essenciais, principalmente no que se refere aos programas governamentais ou privados destinados a mitigar as consequências econômicas da pandemia.

“Não vamos desistir de incluir os trabalhadores do ramo financeiro nos grupos prioritários para a vacinação, pois os bancários e cooperativários têm desempenhado papel fundamental diante do cenário de crise econômica e de saúde no Estado. Assim como os servidores da saúde e segurança pública, estes trabalhadores estão, desde o início, na linha de frente do combate à pandemia, pois mesmo com o alto risco de contaminação pelo coronavírus, são eles que estão nas agências, diariamente, fazendo o atendimento a milhares de pessoas que, diante de um cenário de desespero e desesperança, vão aos bancos buscar algum benefício, algum dinheiro para sobreviver”, concluiu Toscano.

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