Na tarde de sexta-feira (14/3), o Grupo de Trabalho (GT) de Junta Médica do Itaú e os representantes da direção do banco se reuniram, de forma virtual, para dar continuidade às negociações sobre o fluxo de funcionamento da junta médica, visando melhorias nos processos.
O GT é composto pelas coordenadoras da COE Itaú, Valeska Pincovai e Maria Izabel Menezes; e as coordenadoras do GT de Saúde Itaú, Rosângela Lorenzetti e Luciana Duarte; além de representantes da Feeb BA/SE (Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe) e dos Sindicatos de Bancários de Ipatinga e Rio de Janeiro.
O Itaú iniciou, em novembro de 2024, um projeto piloto para a formação da junta médica, conforme previsto na cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Desde então, o modelo adotado pelo banco vinha gerando diversos problemas aos trabalhadores, como falta de suporte operacional, orientação e acolhimento.
No encontro, foram alcançados avanços importantes em questões relacionadas aos prazos e comunicação. O banco apresentou, atendendo à solicitação da representação dos trabalhadores, os indicadores atualizados e estratificados por Sindicato sobre as juntas médicas já concluídas e se comprometeu a desenvolver um documento, a ser enviado previamente ao bancário participante da junta médica, ao médico indicado pelo Sindicato e escolhido pelo banco, com as instruções acerca do funcionamento do processo.
Outro avanço conquistado foi com relação ao prazo. Os vinte dias para a realização da junta médica serão contados a partir do primeiro dia útil após o recebimento da comunicação formal, devendo o Sindicato e bancários serem notificados com pelo menos vinte e um dias de antecedência.
O Itaú também se propôs a elaborar um formulário “Perguntas e Respostas” (FAQ) com as dúvidas mais frequentes sobre o fluxo de processo das juntas médicas.
Ficou definido, ainda, que a qualquer momento que for solicitado pelo bancário, o banco disponibilizará os exames, relatórios e afastamentos cadastrados. O prazo para recebimento destes documentos será divulgado na FAQ.
A coordenadora do GT de Saúde, Rosângela Lorenzetti, ressaltou os avanços obtidos, mas destacou a necessidade de acompanhamento constante do programa para garantir a humanização do processo, pois trata-se de um momento delicado na vida do trabalhador que exige todo o cuidado por parte do banco.
“O Itaú precisa, de fato, priorizar a qualidade de vida dos bancários, que adoecem por conta do assédio, das metas e da sobrecarga de trabalho. E adoecidos, ainda tem de lidar com problemas relacionados a um programa que, na teoria, deveria auxiliá-los no momento em que estão mais fragilizados. É fundamental que avancemos, de forma concreta na desburocratização deste processo, com a padronização do fluxo e a garantia de um suporte operacional e psicológico ao trabalhador”, reforçou Rosângela.