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Itaú firma contrato em que zeladoras tem menos de três horas para limpeza das agências

O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) recebeu, nos últimos dias, inúmeras denúncias de funcionários das agências do Itaú em Porto Velho, dando conta de que o banco, recentemente, renovou contrato com uma empresa terceirizada responsável pela limpeza diária das agências. Contudo, esse novo contrato reduziu em muito o número dos terceirizados, e agora estabelece que as zeladoras têm, por dia, no máximo duas horas e cinquenta minutos para a limpeza completa de cada uma das agências, para cumprir a sua jornada de oito horas diárias.

Este formato de jornada de trabalho, de acordo com os funcionários do Itaú, é completamente precário, pois é humanamente impossível que uma zeladora consiga, em pouco mais de duas horas, fazer toda a limpeza das agências (banheiros, mesas, vidros, hall, caixa eletrônico, áreas internas…).

“Uma funcionária da terceirizada vai, por exemplo, pela parte da manhã numa agência, trabalha duas horas e pouco numa agência da zona Sul e imediatamente vai para outra agência, lá na zona Leste, cumprir mais duas horas e pouco, e depois vai para outra agência trabalhar mais duas horas e pouco. Ora, é impossível que uma só trabalhadora consiga fazer a limpeza de uma agência inteira da forma correta. E ela só retornará a esta mesma agência no dia seguinte, para o mesmo desafio, que é tentar fazer a limpeza de toda a agência em um tempo tão reduzido. É claro que o serviço não fica completo, é inadequado, e as agências ficam sequer num estado minimamente aceitável de limpeza”, detalhou uma bancária.

“Nesse formato não dá para termos um serviço que presta, e as agências continuarão sujas, os clientes vão chegar e se deparar com aquele ambiente inapropriado e, talvez, vá sobrar para nós, literalmente, meter a mão na massa. Não dá para trabalhar no meio da sujeira e não concordamos com esse tipo de contrato que estabelece um serviço precário que acaba nos afetando todos os dias”, disse um outro bancário do Itaú.

“O Sindicato vai entrar em contato com a direção do banco no Estado e denunciar o caos instalado nas agências após a vigência desse novo formato de contrato que estabelece um serviço que não chega nem perto de garantir a limpeza e a higienização ideal dos locais de trabalho dos bancários. É surreal que o banco que mais lucra no país tenta economizar com o bem estar do cliente e dos funcionários que, diariamente, estão nas agências”, declarou José Toscano, diretor de Administração do SEEB-RO e funcionário do Itaú.

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