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Maioria das assembleias aprovou acordo sobre o Saúde Caixa

Proposta foi aprovada por 73,6% dos sindicatos participantes; no total, 51,6% dos votantes optaram pela aprovação

Empregadas e empregados da ativa, aposentados e pensionistas titulares do Saúde Caixa participaram, nesta terça-feira (5/12), de assembleias realizadas por sindicatos de bancários de todo o país para deliberar sobre o aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano de saúde. O acordo foi aprovado em 73,6% dos sindicatos que realizaram assembleia. No total, 51,6% dos votantes aprovaram a proposta.

Em Rondônia os empregados votaram pela plataforma VotaBem, e ao final o resultado foi de 77,64% de votos favoráveis.

Ivone Colombo, presidenta do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), agradeceu a todos que participaram da assembleia virtual e que votaram pela aprovação desta questão de extrema importância que é o Saúde Caixa, o plano de saúde dos empregados.

“E vale destacar que, apesar desta aprovação, o movimento sindical vai continuar à disposição dos trabalhadores para dirimir qualquer dúvida sobre este ou qualquer outro assunto, e que no decorrer de 2024 as negociações continuarão com o banco, pois a defesa permanente e intransigente dos trabalhadores é nosso compromisso sempre”, enfatizou Ivone.

Na proposta apresentada pelo banco os titulares não foram onerados nas suas mensalidades. O déficit projetado para 2023 será equacionado sem contribuição extraordinária, bem como manteve-se a preservação dos princípios de solidariedade, mutualidade e pacto intergeracional. Além disso, houve o compromisso da Caixa, em mesa de negociação, do retorno das REPES, GIPES e dos Comitês de Credenciamentos, da mesma maneira do acesso aos dados primários trimestrais pela CEE/Caixa.

“O movimento sindical continuará mobilizado para que as melhorias ocorram na rede de atendimento, opondo-se a quaisquer medidas que comprometam a preservação do Saúde Caixa. Agradecemos a acolhida de todos os bancários nas rodas de bate-papo ocorridas nas unidades da Caixa em Rondônia promovida pelo Sindicato, e também pela participação na assembleia eletrônica, decidindo sobre os rumos do Plano de Saúde Caixa”, destacou Edson W. Tavares, Secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Política Social do SEEB-RO.

SEM REAJUSTE PARA TITULARES

O acordo aprovado mantém a contribuição dos titulares sem dependentes em 3,5% sobre remuneração base, da mesma forma como é atualmente.

Os números mostravam um déficit de R$ 422 milhões em 2023, e apontavam mais um déficit de R$ 660 milhões em 2024. Para suplantar os custos de 2024 a Caixa projetava reajustar, já a partir de janeiro, a contribuição para 6,46% da remuneração base para os titulares, mais 0,67% por dependente, o que daria um teto na RB de 7,8% (titular mais dependentes diretos limitado a dois conforme regra vigente). Além disso, em 2024 cobraria mais 4,18 parcelas extraordinárias para cobrir o déficit de 2023.

“Com o acordo aprovado, conseguimos zerar todo o déficit de 2023, sem a necessidade de parcelas extraordinárias, e manter a contribuição dos titulares em 3,5% da remuneração base, como é atualmente e com um teto máximo de comprometimento da remuneração base de 7%. Claro que ninguém gostaria de ter aumento, mas, dado o cenário projetado de déficit, foi uma proposta equilibrada. E temos também outros importantes avanços como acesso aos dados primários trimestralmente, o retorno das GIPES, REPES e dos Comitês de credenciamento entre outros”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt.

MANUTENÇÃO DOS PRINCÍPIOS

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, ressalta que a proposta preserva os princípios do plano, como a solidariedade e o pacto intergeracional.

“A luta em defesa do nosso plano de saúde, que é uma das maiores conquistas da categoria, continua após a assinatura do acordo. Vamos nos manter mobilizados para derrubar o teto de gastos com a saúde dos empregados pela Caixa –fixado em 6,5% da folha de pagamentos–, cobrar melhorias na rede de atendimento e barrar qualquer medida que comprometa a sustentabilidade do Saúde Caixa”, reforçou.

Fonte: SEEB-RO, com informações da Contraf-CUT e Fenae

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