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Não se justifica uma demanda alta num país com tantos desempregados e com tanta gente passando fome e morando na rua, afirma Vivian Machado

Ao palestrar sobre o “Papel do sistema financeiro nacional e do crédito para geração de emprego e renda e os juros básicos da Economia”, na parte da manhã do 13º COBAN, a economista Vivian Machado, mestre em Economia Política, explicou em detalhes pontos da farsa promovida pelo atual presidente do Banco Central que insiste em não reduzir a taxa básica de juros (Selic), que atualmente é de 13,75% e considerada a mais alta do planeta.

“A economia é formada por inúmeras variáveis, todas interligadas. Se você fizer qualquer movimento na economia, todas elas serão afetadas. A taxa Selic é uma dessas variáveis que influenciam muito na economia. O custo de oportunidade de fazer investimentos produtivos é afetado e fica difícil para as empresas, principalmente as menores, captar recursos para fazer um financiamento. Fica cada vez mais caro fazer um investimento, um empréstimo, penalizando essas empresas, isso afeta o emprego. Todos estes componentes tendem a reduzir a atividade econômica, o consumo, o investimento, a geração de emprego e renda e, dessa forma, reduzindo cada vez mais a demanda agregada da economia”, detalha Vivian, que é pesquisadora do Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da Universidade de São Caetano do Sul e há 12 anos é técnica do DIEESE na subseção da Contraf-CUT em São Paulo.

“O Banco Central alega que que a taxa de juros não baixa porque ‘no Brasil temos uma inflação de demanda’, o que é uma clara conversa furada. Não se justifica uma demanda alta num país com tantos desempregados e com tanta gente passando fome e morando na rua, principalmente após a pandemia, com o quadro piorando bastante.

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