A Comissão Executiva dos Trabalhadores (CEE) da Caixa Econômica Federal se reúne com os representantes do banco nesta quinta-feira (23), a partir das 16 horas, para dar continuidade às negociações sobre o modelo de custeio do plano de assistência à saúde dos empregados do banco, o Saúde Caixa.
Na última reunião, a CEE reafirmou as premissas definidas pelos empregados para a proposta e conseguiu superar dois impasses: a utilização da média entre as projeções de custo realizadas pelas assessorias atuariais contratadas pelo banco e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae); e o descarte divisão paritária dos custos entre usuários e a Caixa.
“A paridade era uma imposição do banco com base na CGPAR 23, que perdeu seus efeitos após a aprovação do PDL 342/2021 (antigo PDC 956/2018). Mas, a manutenção do modelo de custeio 70/30 ainda enfrenta um impasse devido ao teto de custo a ser pago, de 6,5% da folha de pagamentos, que é definido no novo estatuto da Caixa”, explicou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT.
Outros pontos
A CEE também pede a dilatação do calendário de aprovação da proposta de custeio do Saúde Caixa, de forma que haja maior tempo para a apresentação e debate da proposta pelos empregados. “Não existe a possibilidade de aprovação de qualquer proposta pelos empregados da Caixa sobre o plano de assistência à saúde sem que haja análise cuidadosa e debate sobre cada um dos pontos. É preciso estender este calendário em, pelo menos, uma semana”, disse Fabiana.
Outro ponto ressaltado pelo representante da Federação dos Bancários do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Jorge Luiz Furlan, é com relação à transparência e gestão do plano. “Estamos deixando claro que é extremamente importante que os empregados participem da gestão do plano para termos conhecimento sobre possíveis reajustes no futuro e qualquer outra medida. Por isso, é fundamental que o Conselho dos Usuários tenha voz ativa e seja ouvido, é importante termos acesso aos dados que nos permitam fazemos nossas próprias projeções, sem termos que brigar para ter acesso a estes dados. Precisamos, também reativar os comitês de credenciamento e descredenciamento”, disse.
Contraf-CUT