O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) participa dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, campanha nacional que objetiva conscientizar a população sobre as diversas formas de violência contra mulheres e meninas, e a mobilizar para prevenir, enfrentar e combater esses tipos de crime que ainda afligem, diariamente, a vida de inúmeras meninas e mulheres pelo país.
A campanha tem início no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e termina no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
E para ampliar sua participação neste combate à violência contra a mulher, em abril de 2023 o Sindicato lançou, oficialmente, o projeto “Basta! Não Irão Nos Calar”, que oferece a orientação e o atendimento jurídico a mulheres (bancárias e cooperativárias) em situação de violências físicas, psicológicas, patrimoniais e sexuais, além das vítimas de assédio sexual no local de trabalho (bancos ou cooperativas de crédito).
O atendimento é feito pelo WhatsApp (69) 99214-0464), e por meio deste canal – em caso de necessidade – essas mulheres serão encaminhas aos advogados que prestam assessoria jurídica ao Sindicato.
“O Sindicato tem uma luta permanente contra a violência contra mulher, e por isso é importante lembrar, a você bancária ou trabalhadora de cooperativa de crédito, que caso esteja passando por uma situação de violência doméstica ou assédio sexual, entre em contato imediatamente com o nosso canal através do 99214-0464. Sabemos que, muitas vezes, por medo, as vítimas não denunciam seus agressores, e por isso precisamos enfatizar que além do suporte jurídico especializado, o projeto vai oferecer um atendimento humanizado, com foco na orientação, com total discrição e sigilo, para que as mulheres denunciem os casos com a certeza de que não ficarão expostas”, destaca Gesica Capato, secretária de Esportes, Cultura e Lazer do Sindicato e coordenadora do projeto na base rondoniense.
Primeira mulher eleita presidenta na história do SEEB-RO e uma das maiores entusiastas do projeto Basta! em Rondônia, Ivone Colombo reforça que a luta em defesa das mulheres já é uma pauta constante nas mesas de negociações entre os bancos, mas que não apenas as bancárias, mas também as cooperativárias, devem sempre buscar seus direitos.
“A realidade é que, mesmo num país com as mulheres sendo a maioria da população, elas continuam sendo vítimas, diariamente, em suas casas ou nos locais de trabalho, de todo tipo de ataques. Portanto é fundamental que a trabalhadora – bancária ou cooperativária – que for vítima de assédio sexual no trabalho, ou qualquer tipo de violência doméstica (física ou psicológica), entre imediatamente em contato com o nosso canal, pois receberá todo o suporte e orientação, com total descrição, e feito por pessoas e especialistas dedicados à proteção dela, pois esta é uma bandeira permanente do Sindicato”, conclui a presidenta.
NÚMEROS DO BASTA!
O projeto Basta! conta, atualmente, com 13 canais para acolhimento e assistência jurídica especializada, e está presente nas cinco regiões do país, em 388 cidades atendidas.
Até o momento foram atendidas 483 pessoas, a maioria com incidência de violência física e psicológica.
Destes atendimentos, 121 casos não geraram ações judiciais. Neles a demanda apresentada é de orientação jurídica ou de encaminhamento sobre serviços públicos, mas com o tempo podem ainda evoluir para ações judiciais, a partir do fortalecimento da atendida.
Atualmente são 452 ações judiciais, e destes processos, são 267 pedidos de medidas protetivas de urgência com base na Lei Maria da Penha. Ademais, 179 são ações relacionadas ao direito de família, como divórcio, dissolução de união estável, partilha de bens, guarda de filhos e pensão alimentícia para os filhos.
O QUE SÃO OS 21 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES?
O movimento se inspira na ação mundial denominada “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher”, que se iniciou em 1991, intitulada “as mariposas”, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas, em 1960, na República Dominicana. Submetidas às mais diversas situações de violência e tortura, dentre elas, o estupro, as irmãs foram silenciadas pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo, no dia 25 de novembro de 1960.