O presidente da Fetec-CN/CUT, Rodrigo Britto, publicou na quarta-feira (29/1), artigo em que descreve em detalhes os danos que a reestruturação implementada pela Diretoria de Varejo do Banco do Brasil causa aos funcionários e aos próprios clientes e usuários do banco.
A reestruturação implementada pela Diretoria de Varejo do Banco do Brasil prejudica o seu funcionalismo e precariza o atendimento aos clientes e usuários.
As medidas reduzem as dotações das agências, aumentam as metas e dificultam o cumprimento do Acordo de Trabalho.
Com isso, o recebimento das verbas variáveis, como a PLR, fica prejudicado, além do medo permanente de descomissionamento pelo não cumprimento das metas.
O descumprimento do compromisso firmado com a representação do funcionalismo coloca os caixas e supervisores de seis horas em uma difícil situação a partir de fevereiro.
E a garantia de permanência sem prejuízo dos funcionários na mesma praça é algo a ser questionado ao Kamilo, diretor de Varejo, e à Carla Nesi, vice-presidenta de Varejo do BB.
Em relação aos clientes e usuários, a exclusão bancária com a precarização e direcionamento dos clientes de média e baixa renda para aplicativos e correspondentes bancários mostra total falta de compromisso com o papel público que deveria ser desenvolvido pelo banco.
Vale ressaltar que com a “itaurização” iniciada em setembro de 2016 no banco, a ganância para atender aos interesses dos acionistas cria fraudes trabalhistas, crimes contra o consumidor e uma política de gestão que penaliza a saúde dos funcionários do BB.
“Conselho Diretor do Banco do Brasil, respeite seus trabalhadores, clientes e usuários. O nosso Banco do Brasil é patrimônio do povo brasileiro e não um banco Itaú ou Santander”, conclui o presidente da Fetec-CUT/CN.
Para o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), o que o banco vem cometendo é um verdadeiro terrorismo com o funcionalismo, em especial com os funcionários que exercem a função de caixa.
“A instituição vem descumprindo de forma descabida o que foi acordado na negociação coletiva. Em nossa base sindical, ouvimos relatos de colegas que possuem mais de 30 anos de serviços prestados ao BB e, segundo os critérios utilizados, não fazem jus à incorporação da gratificação de caixa, não tiveram sua agência de lotação contemplada com a criação de mais funções de assistente de atendimento e negócios, e também não poderão abrir mais o caixa, tendo sua renda mensal reduzida de maneira drástica. O banco precisa cumprir o que ficou negociado e rever os critérios utilizados nessa reestruturação para evitar impactos irreversíveis sobre a vida dos trabalhadores”, destacou Eliseu Eurico de Lima, diretor da Regional Ji-Paraná e funcionário do Banco do Brasil.