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Respeito e direito: é o que o Quadro de Apoio do Banco da Amazônia quer!

“Quando nós entramos no banco, após 2 anos que nós fizemos concurso, foi considerada a admissão no período que nós já trabalhávamos lá como terceirizados”, conta o bancário do Quadro de Apoio, José Neves.

Mas a história dele com o Banco da Amazônia começou bem antes, em 1983. “Não existia o Quadro de Apoio, existia só os empregados do Prodepa que prestavam serviços no Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa, e a minha equipe trabalhava no Banco da Amazônia, aí chegou um determinado momento em que o banco não poderia ficar conosco lá dentro como terceirizados, aí o banco resolveu fazer um concurso interno. Fizemos a prova, passamos e logo em seguida nós passamos a ser funcionários do banco, nos deram um crachá”, lembra.

Mas 39 anos depois, essa história pode chegar ao fim para José Neves e outros 144 bancários e bancárias que fazem parte do Quadro de Apoio.

“O banco escolheu começar esse processo de demissão pelo Quadro de Apoio, então a gente precisa criar uma barreira para impedir que esse procedimento do banco aconteça. E para que essa proteção seja forte, resistente; mais do que nunca, precisamos estar unidos, as entidades que representam o funcionalismo do banco, bem como todos os empregados e empregadas. Cada passo, cada mobilização que a gente faz, de alguma forma, gera impacto junto à direção”, explica a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.

Essa barreira tem nome, chama-se resistência e desde que as entidades sindicais e os membros do Quadro de Apoio souberam do anúncio das demissões, no ano passado, direito e respeito passaram também a ser um dos temas mais falados nas reuniões presenciais e virtuais na construção de um calendário de lutas contra as demissões.

“Respeito, resistência e direito devem ser o lema de toda a classe trabalhadora contra esse governo. Precisamos espalhar nossas vozes e reivindicações para que toda a sociedade possa ver que direitos e conquistas históricas estão sendo retirados, e também, para proteger esse banco que é o coração da nossa Amazônia, que é o desenvolvimento da nossa região”, convoca a dirigente da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

Na sexta-feira (11/2), a frente da matriz do Banco da Amazônia foi local de encontro para mais um dia de resistência, menos um dia de desrespeito. “É de você ter dado sua vida todinha naquela instituição né, e atualmente existe dentro do banco essa discriminação. Isso que tem que me entristece dentro da empresa, que você quer trabalhar né, e você não poder”, desabafa José Neves.

“Precisamos ampliar, construir, dialogar com os demais colegas do banco para que se somem com a gente nessa luta que é coletiva. O Quadro de Apoio é só o primeiro alvo de um projeto nefasto que já está em curso contra a classe trabalhadora, principalmente a das empresas públicas. Já passamos por outras lutas nessa instituição que a união fez toda a diferença para sairmos vitoriosos, e agora não pode ser diferente”, comenta o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia e dirigente do Sindicato dos Bancários do Pará, Sérgio Trindade.

“Eu quero passar pros meus colegas que não desistam, que não se deem por vencidos, que continuem lutando, confie no Sindicato que vocês têm que vai dar tudo certo”, acredita Neves, bancário do Quadro de Apoio.

Bancários PA

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