Em sua participação no 26º Encontro Estadual dos Bancários de Rondônia, realizado no dia 4/5, em Ji-Paraná, a Secretária de Mulher da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, lembrou que a categoria bancária, nos últimos anos, nos momentos da Campanha Nacional dos Bancários, se encontrava numa situação praticamente de “não perder direitos”.
“Muitas categorias perderam direitos, mas nós, além de conseguirmos manter os nossos, ainda conseguimos os acordos bianuais, e isso não é pouco para um cenário em que o trabalhador era o alvo daquele desgoverno. Ainda assim não será uma campanha fácil, e um exemplo disso são os bancos privados, como o Itaú e o Santander demitindo bastante, isso sem mencionar o Bradesco, que atravessa uma grande crise e isso pode refletir negativamente para os trabalhadores. Logo, para avançar e conquistar direitos teremos que estar unidos”, destacou.
Fernanda, que participou de forma virtual, fez uma análise sobre o cenário nacional da categoria, e abordou os principais eixos que os trabalhadores – após a realização dos Encontros e Congressos Estaduais, e Encontros e Congressos Nacionais – levarão para a Conferência Nacional dos Bancários e, em seguida, para as negociações com os bancos, são:
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Aumento real
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Cobrança de metas e o consequente assédio moral, que faz a categoria como a mais acometida por doenças mentais. “Até onde esses bancos vão cobrar? Até onde nossas vidas valem em troco de lucros que, inclusive, não vem para nós”, indagou.
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Teletrabalho: “Com a pandemia este tema se tornou realidade, e trouxe a redução da contratação de mulheres, pois a maioria das pessoas que trabalham na área de tecnologia são homens.
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Assédio sexual e violência doméstica. “Temos o projeto Basta!, mas os bancos também tem seus canais de atendimento, que precisam ser melhorados e mais divulgados”.
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Isenção do Imposto de Renda na PLR. “O governo tem avançado na questão do Imposto de Renda, mas precisamos dele ampliado. Apoiamos a campanha da taxação dos super-ricos, pois enquanto nós, assalariados, pagamos impostos, quem tem helicóptero, jatinho ou barcos não pagam nada, e isso precisa ser mudado, pois quem ganha menos paga mais enquanto que quem não precisa trabalhar nunca na vida não paga nada”, questionou.
BANCO DO BRASIL
“Desde que a Tarciana Medeiros assumiu o BB vem avançando muito na área da diversidade, com promoções internas para mulheres, para negros, para não-brancos, LGBTQIA+, mas ainda existe muita reclamação na questão de cobrança de metas. Logo, não adianta qualquer avanço se a pessoa estiver adoecida. Ninguém conseguirá assumir uma vaga de gerência se estiver adoecido. Por isso a questão da saúde do bancário será um dos temas mais importantes da Campanha deste ano”, concluiu.