O Grupo de Trabalho (GT) do Saúde Caixa, composto por representantes do banco e dos trabalhadores, se reuniu nesta segunda-feira (17/2), para dar continuidades aos debates sobre a constituição dos comitês de credenciamento e descredenciamento de profissionais de saúde, clínicas e hospitais na rede de atendimento do plano. Outro ponto da reunião foi a apresentação dos números do relatório financeiro de 2024 do Saúde Caixa.
AVANÇOS NOS COMITÊS
O coordenador da representação dos trabalhadores no GT Saúde Caixa, Leonardo Quadros, avalia que houve avanços nas negociações. “Ainda temos que acertar um ponto em relação à divulgação das informações, pois defendemos maior fluxo de informações entre os comitês e os usuários do plano, mas o banco aceitou implementar um número de comitês, aumentando sua regionalização, o que aproxima os usuários do plano, e contribui para melhorar a cobertura da rede credenciada”, informou.
Na sua proposta inicial, a Caixa havia sugerido a criação de oito comitês (um em cada Gipes), composto por oito membros cada (quatro indicados pelas entidades de representação dos trabalhadores das respectivas bases e quatro indicados pelo banco, sendo três da Gesad/Cesad e o gerente da Gipes) e as reuniões dos comitês ocorreriam a cada seis meses.
Após contraproposta da representação dos trabalhadores, ficou definido que serão 14 comitês com 12 membros cada um, e que, entre os seis indicados pelo banco, haverá empregadas ou empregados da rede local. A periodicidade das reuniões será trimestral.
“A ampliação dos comitês, a inclusão de empregados das redes locais, assim como o aumento do número de reuniões, foram avanços importantes, que contribuem com a análise de questões específicas de cada localidade. Isso aumenta a proximidade do Saúde Caixa com os usuários e a rede credenciada”, explicou a empregada da Caixa e diretora de Formação da Contraf-CUT, que representa a entidade no GT, Eliana Brasil.
MAIOR TRANSPARÊNCIA
A Caixa vai analisar um ponto questionado pela representação dos trabalhadores, para ampliar a divulgação de informações dos comitês aos usuários do plano, desde que as informações não atrapalhem negociações em andamento.
“Precisamos que a Caixa faça esta análise o mais rapidamente possível, para que os comitês sejam implementados e possam atuar efetivamente já agora no começo do ano. Pois temos o edital de credenciamento publicado e esses comitês poderão aproveitar melhor este edital para melhorar a rede credenciada de nosso plano”, ressaltou o Leonardo Quadros.
RELATÓRIO FINANCEIRO E NEGOCIAÇÃO DO CUSTEIO
A representação dos empregados avalia que os resultados de 2024 apresentados pelo banco são preocupantes, apesar da redução do déficit do plano em comparação aos resultados acumulados até agosto de 2024. Embora o relatório atuarial da Caixa indique um aumento para o plano já em 2025, a Caixa não trouxe na reunião nenhuma proposta de reajuste nos itens de custeio.
“O déficit em 2024 foi relativamente pequeno, mas o aumento das receitas, se necessário, precisa passar primeiro, pela eliminação do limite estatutário da Caixa para o custeio do plano, não aceitamos implementar reajustes nas mensalidades sem esta primeira mudança e, também, a apresentação dos dados primários para verificação das informações constantes do Relatório Atuarial. Estamos num ano de negociação e temos prazo para analisar os dados e negociar melhorias”, explicou a representante da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) no GT Saúde Caixa, Marilda Bueno.