As chamadas registradas na Central Saúde Caixa no dia 20 de fevereiro mostram que os 54% dos usuários querem que a Caixa arque com um percentual maior do custo do plano. Outros 39% registraram chamadas relacionadas à melhoria da rede credenciada. As informações constam na resposta dada pela Caixa Econômica Federal na sexta-feira 7/3, após ser cobrada a responder ao ofício enviado ao banco pela Contraf-CUT no dia 21 de fevereiro, após as atividades realizadas por sindicatos, federações de bancários e outras entidades associativas das empregadas e empregados da Caixa, que foram orientados a registrarem diretamente na central de atendimento do plano de saúde as reclamações, que normalmente são feitas às entidades sindicais.
“A primeira ação da campanha ‘Queremos Saúde, Caixa’, realizada em fevereiro, foi um sucesso! E as atividades em defesa do nosso plano de saúde, que é uma das maiores conquistas da luta das empregadas e dos empregados, vão continuar”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “E a defesa desta conquista passa pela derrubada do teto de custeio da Caixa com a saúde de suas empregadas e empregados, que impede o banco de arcar com os 70% dos custos, como definido no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho)”, completou.
“Este resultado já era esperado. Os sindicatos e outras entidades associativas e de representação das empregadas e empregados recebem estas mesmas reclamações quase que diariamente. O que fizemos foi orientarmos que elas sejam feitas diretamente ao plano e ao banco”, explicou a empregada da Caixa e secretária de Formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “Não estamos nos esquivando da nossa tarefa de representação, apenas mostrando ao banco e ao pessoal que administra nosso plano de saúde que a reclamação, que sempre repassamos a eles, não é das entidades de representação, e sim uma demanda das empregadas e empregados”, continuou.
A LUTA CONTINUA!
O coordenador da CEE/Caixa ressaltou que a campanha “Queremos Saúde, Caixa” vai continuar. “Tivemos um excelente início de campanha, mas vamos continuar com as ações até que haja uma solução adequada para melhoria da rede credenciada e para o formato de custeio”, disse. “Entre titulares e dependentes, o plano possui mais de 270 mil usuários. Contamos com a participação de cada um e cada uma para aumentar nossa força de reivindicação pela melhoria da rede e do custeio do nosso plano”, completou ao ressaltar que a Caixa tem que investir mais na saúde dos seus empregados, melhorar o credenciamento e apresentar um calendário de negociações o quanto antes.
“Nós temos disposição para fazer reuniões semanais, debatermos sobre nossas propostas, que já foram apresentadas ao banco, e esmiuçarmos os detalhes do plano de saúde. Sem nos esquecermos das colaborações regionais dos empregados da rede e de todas as entidades de representação e associativas, além da atuação junto a hospitais, clínicas e profissionais da saúde”, disse Rafael. “Podemos, inclusive, enviar empregados ou dirigentes a Brasília, para formar um grupo de trabalho, juntamente com a administração, para encontrarmos soluções para os problemas do plano de saúde”, completou.
COMITÊS DE CREDENCIAMENTO
A agilidade na implementação dos 14 comitês de credenciamento e descredenciamento, que vão funcionar junto às Gerências e Representações Regionais de Pessoas (Gipes/Repes), é uma das reivindicações feitas à Caixa.
“Os comitês serão reativados graças à nossa luta. Mas sua implementação precisa ser agilizada, para que eles possam ajudar a melhorar a rede credenciada e agilizar a solução de problemas dos usuários e operacionais do plano com as clínicas, hospitais e profissionais que atendem, ou poderiam atender, pelo Saúde Caixa”, cobrou Eliana Brasil.
CALENDÁRIO DE NEGOCIAÇÕES
Outra cobrança da representação dos trabalhadores é com a definição de um calendário de negociações, com reuniões periódicas.