O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) recebeu, na manhã desta quarta-feira (6/11), um importante apoio na luta contra a onda de fechamento de agências, e consequentes demissões de funcionários no Bradesco.
A presidenta do SEEB-RO, Ivone Colombo, acompanhada das advogadas Raísa Luna e Kalene Venâncio (Escritório Fonseca & Assis Advogados Associados), de Gesica Capato, secretária executiva da CUT-RO e Aquilina Dantas, secretária da Presidência do SEEB-RO, foi recepcionada pela deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) em seu gabinete, e discutiram o dilema que assola a rotina dos funcionários do Bradesco nos locais de trabalho e que promove um verdadeiro caos social no estado.
“A cada bancário que demite, o Bradesco eleva a carga de trabalho para os funcionários remanescentes, e com isso vem mais pressão e, consequentemente, mais adoecimento. Com o adoecimento vêm os afastamentos por questões médicas e, é claro, o atendimento, que já é precário, fica ainda pior, afetando diretamente também os clientes e usuários”, menciona Ivone.
“E quando fecha uma agência o Bradesco impacta diretamente na população, em especial os milhares de aposentados que recebem seus benefícios no banco. Além de trabalhar a vida inteira, no momento em que buscam seu sustento, os aposentados dão de cara com agências com pouco – ou nenhum – caixa eletrônico, ou ainda pior, com a única agência próxima, fechada. E aí ele é obrigado, muitas vezes, a se deslocar até outro município para poder receber sua aposentadoria. Não é apenas imoral, é desumano este quadro de caos e desrespeito promovido pelo Bradesco, que só objetiva o lucro acima de tudo”, acrescenta a presidenta, que é funcionária do Bradesco.
Gesica Capato explica que o fechamento de agências desencadeia a superlotação de agências de outros bancos (Caixa e Banco do Brasil, por exemplo), e isso gera os mesmos problemas para os funcionários destes bancos. “O Bradesco abre contas bancárias até o último dia de atendimento, e no dia seguinte fecha aquela mesma agência, deixando o cliente desassistido, sem o atendimento e sendo obrigado a pedir portabilidade para outro banco, serviço burocrático que pode levar até 90 dias para ser feito. É um completo desprezo com a confiança depositada pelas pessoas”, enfatiza Gesica, que também é funcionária do Bradesco.
O Sindicato detalhou a parlamentar as ações que vem desenvolvendo para combater essas mazelas no Bradesco no Estado, entre elas envio de ofícios para o MPE (Ministério Público do Estado), reuniões com os representantes do MPT (Ministério Público do Trabalho) e campanhas por meio de faixas, painéis e outdoor’s em vários municípios.
“Estamos fazendo a nossa parte, mas é fundamental a união de mais forças, principalmente de representantes do poder público. Ficamos gratos com a recepção da deputada Cláudia de Jesus, que nos atendeu prontamente e com muita atenção, e que se colocou à disposição para levar esta luta para mais entidades representativas (Procon, MPE…) e outros representantes do parlamento estadual e federal”, concluiu Ivone.