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Sindicato se reúne com representantes da Caixa para debater questão dos caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor em RO

O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) se reuniu, na tarde do dia 21/6, de forma remota (Microsoft Teams) com representantes das áreas de Recursos Humanos e Jurídico da Caixa Econômica Federal da matriz em Rondônia, para tratar sobre questões específicas dos empregados que exercem funções de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor.

“Os empregados nestas funções cobram, permanentemente, uma resposta do Sindicato sobre essa demanda que gera uma aflição há muito tempo e que precisa ter, pelo menos, uma posição do banco, um esclarecimento prévio. E por isso nos reunimos nesta semana, para termos alguma resposta do banco e repassá-la aos trabalhadores”, mencionou Ivone Colombo, presidenta do Sindicato.

“O Sindicato sempre estará à disposição para o diálogo, para conseguir, através de negociações com a Caixa, conquistar soluções administrativas que atendam às reivindicações dos empregados, principalmente em questões fundamentais para estes profissionais que há muito sofrem com as dúvidas que pairam em suas funções. Esperamos que as negociações da CEE Caixa avancem, e que estes profissionais tenham seus direitos assegurados, para que o Sindicato não se veja obrigado a tomar medidas mais drásticas, como as não desejadas ações judiciais”, acrescentou a presidenta.

“A CEE Caixa definiu o calendário de reuniões para negociar pautas afeitas ao cotidiano laboral dos empregados e o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) trazem inúmeras conquistas decorrentes de lutas do movimento sindical aos bancários da Caixa, entre as quais a criação de Grupo de Trabalho. Ainda assim a abertura do diálogo entre o SEEB-RO e os mediadores da Caixa é importante às janelas de soluções tempestivas às demandas dos empregados da Caixa em Rondônia”, destacou Edson Tavares, secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Política Social do Sindicato e empregado da Caixa.

Além de Ivone e Edson, o Sindicato foi representando, na reunião virtual, pelo secretário Jurídico Wanderson Modesto e contou com a participação do advogado Denyvaldo Júnior, do Escritório Fonseca & Assis Advogados Associados, que respondem pela assessoria jurídica do SEEB-RO.

CAIXA CONTINUA SEM ATENDER DEMANDA PELO FIM DA FUNÇÃO POR MINUTO

O Grupo de Trabalho formado por representantes da Caixa Econômica Federal e dos empregados para tratar de questões específicas dos trabalhadores que exercem as funções de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor retomou as negociações, no dia 27/6. O banco continuou se esquivando das respostas sobre o fim da designação de função por minuto e retorno das funções efetivas.

“O banco está apresentando respostas sobre questões pontuais, que também são importantes, mas não trazem nada de efetivo sobre as principais demandas que apresentamos”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Pedimos que o banco reveja as atas de nossas reuniões e se debruce na solução do que é prioridade para os trabalhadores”, completou.

A coordenadora da CEE ressaltou que a designação da função por minuto para os caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor inviabiliza o trabalho, gera tensão, adoecimento e prejuízo aos trabalhadores. “A função minuto é uma aberração! É uma atividade que não conta para nada na carreira dos empregados, fora a questão dos reflexos de final de semana, PLR, férias e afins. Isso sem contar a sobrecarga de trabalho e a cobrança de vendas. É surreal!”, continuou.

DEMANDAS SEM REPOSTAS

Outro ponto importante que ficou sem resposta foi a redução da jornada de tesoureiros, de oito para seis horas, com redução proporcional do salário e orientação para que não sejam autorizadas horas-extras para estes profissionais. Existe decisão judicial para que a Caixa reduza a jornada da função, mas as ações judiciais não mencionam a redução salarial.

Na reunião anterior o banco havia dito não existir orientação neste sentido e que era preciso analisar casos específicos. Os casos continuaram acontecendo em diversas regiões do país.

Nenhuma resposta foi dada, também sobre a exclusão das funções de caixa, tesoureiro e avaliador de penhor do “time de vendas” e tampouco sobre a revisão do Programa Qualidade de Vendas (PQV), que, ao invés de ser educativo está sendo usado como ferramenta de punição aos empregados quando existe uma venda “indevida”. “Mas, o problema que são as metas abusivas que é o cerne não está sendo resolvido”, observou a coordenadora da CEE.

SEEB-RO, com informações da Contraf-CUT

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