Depois de uma negociação que se estendeu por quase três meses, os financiários conquistaram a garantia de todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por dois anos. Em negociação realizada na manhã desta quarta-feira (5), de forma híbrida, a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) apresentou uma proposta de reajuste de 9% nos salários e nas cláusulas econômicas e reajuste de 12% nos vales alimentação e refeição, além de reajuste de 11,9% nos valores fixos, teto e parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e Vale Abono de R$ 800,00.
Para 2023, a proposta de reajuste pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) + 0,3% de aumento real, exceto para PLR que será reajustada somente pelo INPC do período. A manutenção das cláusulas sociais é válida para os dois anos.
“As financeiras colocaram bastante dificuldade nas negociações e as reuniões foram demoradas, mas conseguimos garantir bons índices de reajuste, com ganhos reais nos vales, reajuste pela inflação na PLR, e aumento real nas cláusulas econômicas 2023″, afirmou o dirigente sindical e coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves.
Gustavo Tabatinga Jr., secretário-geral da Contraf-CUT, orienta os trabalhadores a aceitarem as propostas. “Numa conjuntura como esta, com um governo que insistentemente tenta retirar direitos da classe trabalhadora, a manutenção de toda a nossa Convenção Coletiva de Trabalho é uma vitória”.
Além das questões econômicas, ficou acertado entre as partes a criação de grupos de trabalho para a discussão de temas relevantes, como a organização do ramo financeiro, a participação nos lucros e resultados, a regulamentação do teletrabalho, entre outros assuntos de interesse na categoria.
Os sindicatos de todo o Brasil devem realizar as assembleias de avaliação da proposta até a próxima segunda-feira (10).
Veja a proposta completa:
Contraf-CUT