O novo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante discurso na cerimônia de transmissão de cargo, nesta terça-feira (3/1), ressaltou a importância dos sindicatos e centrais sindicais para melhorias nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Segundo ele, o ministério estará comprometido com a valorização do diálogo social e da negociação coletiva. “Compreendemos que as partes interessadas, trabalhadores e empresários devem ter autonomia para investir no sistema de relações de trabalho que valorize, incentive a negociação coletiva para a solução de conflitos”, declarou.
Marinho entende que é preciso fazer uma negociação coletiva fundada em boas práticas e diálogo com sindicatos fortes, com ampla base de representação e representatividade e capacidade autônoma de organização e financiamento.
“Fortalecer os coletivos autônomos, valorizar a negociação coletiva e a promover o ‘tripartismo’, é com esta visão que atuarei não apenas à frente desse ministério, mas em toda a Esplanada para fazer com que essa agenda do trabalho e emprego seja fortemente incorporada às políticas de desenvolvimento econômico tecnológico e social”, garantiu o ministro.
REFORMA TRABALHISTA
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, discursou antes de Marinho e disse que ele terá o “desafio de conduzir a revisão da reforma trabalhista”. “Você [Marinho] vai ter o desafio de conduzir a revisão da reforma trabalhista, para que a gente possa corrigir os erros e modernizar essa legislação”, disse, destacando a importância de “incluir nos direitos aqueles trabalhadores que hoje não têm vínculo formal”.
VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO
O ministro afirmou que o Governo Federal terá “uma política de valorização permanente do salário mínimo”. De acordo com ele, a proposta vai ser apresentada ao Congresso Nacional. “Farei de tudo para que a agenda do trabalho tenha protagonismo inédito e esteja no centro das definições das políticas de desenvolvimento do país”, disse.
GERAÇÃO DE BONS EMPREGOS
Para Luiz Marinho o caminho para as mudanças trabalhistas é o da melhoria do ambiente econômico por meio de investimento, inovação da produção industrial, da agropecuária, do comércio, dos serviços e das atividades do terceiro setor. “Vamos criar as condições para a geração de novos e bons empregos em novas formas de proteção social trabalhista e previdenciária”, comprometeu-se.
Além de Gleisi Hoffmann, participaram do evento, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski e o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, além de deputados federais e estaduais do Partido dos Trabalhadores.
CUT Nacional