A Comissão de Organização dos Empregados do banco Santander se reuniu na manhã de ontem, terça-feira (3), para debater sobre a minuta de reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados do banco. Os trabalhadores se reúnem com o banco para apresentar e começar o debate sobre as reivindicações nesta tarde.
“Nossas reivindicações partem da manutenção dos direitos previstos no ACT em vigência e buscam a inserção de cláusulas novas, principalmente no sentido de garantia de emprego e do apoio à formação”, explicou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia. “O banco tem totais condições de atender todas as reivindicações”, completou o dirigente.
O banco Santander obteve, no Brasil, um Lucro Líquido Gerencial de R$ 14,550 bilhões em 2019, crescimento de 17,4%, em relação a 2018, e de 0,6% no trimestre, segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no balanço apresentado pelo banco, com uma rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) de 21,3%, com alta de 1,4 pontos percentuais em doze meses. O lucro obtido no Brasil representou 28% do lucro global, que foi de € 8,252 bilhões (com crescimento de 3% em um ano).
Entre as novas cláusulas, os representantes dos trabalhadores buscam a inserção de uma cláusula que trata sobre o apoio às bancárias vítimas de violência.
“Em negociação com o Comando Nacional dos Bancários, o banco aceitou criar uma central de atendimento às mulheres vítimas de violência. Nossa reivindicação vai neste sentido”, explicou o dirigente da Contraf-CUT.
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