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Reestruturação do BB tem deixado famílias devastadas e vai deixar marcas profundas nos trabalhadores, afirma Marianna Coelho

A representante da Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil (CEE-BB), Marianna Coelho, foi a primeira debatedora na live realizada ontem (19/1) pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) sobre a reestruturação do Banco do Brasil anunciada no dia 11 de janeiro, e ela foi enfática ao afirmar que só o anúncio deste processo que prevê a extinção de milhares de empregos e fechamento de centenas de agências, escritórios e postos de atendimentos (PA’s) em todo o país, já causou danos em trabalhadores e em suas famílias.

“Nos deparamos com um cenário muito desafiador. Este anúncio de mais uma reestruturação, logo no início do ano, foi um enorme baque que vai deixar marcas profundas na vida de muitos trabalhadores. É uma reestruturação que traz, de imediato, prejuízo para os funcionários, para os clientes e para a população que vai deixar de ser atendida pois não haverá mais o atendimento em todas as cidades. Muitas pessoas têm nos procurado para esclarecimentos, principalmente no que se refere aos programas de desligamento voluntário, e temos orientado a elas que tenham muita paciência e reflitam bastante, pois são decisões que influenciam demais a vida pós-laboral de cada um. Esperamos que, nos próximos dias, tenhamos uma dimensão maior de conhecimento, para que os colegas tenham maior consciência do que tem acontecido, pois é importante dizer que a reestruturação tem deixado devastadas, principalmente aqueles que estão em ‘excesso’ e que, porventura, estejam perdendo a gratificação de caixa. Os sindicatos têm um compromisso com os funcionários, mas os funcionários também precisam ter um compromisso, que é garantir que consigamos barrar esta reestruturação que tem um cheiro muito peculiar de privatização. Pode ser que um colega não tenha sido atingido, mas muitas vezes o colega ao lado já foi atingido por uma reestruturação e certamente ele terá um relato muito duro do que é passar por um processo de perda de comissão, perda de dotação, perda de localização… ou seja, medidas que deixam marcas profundas nas pessoas”, mencionou.

Marianna explicou que o Banco do Brasil convidou a CEE/BB para uma apresentação das medidas que estaria adotando.

“Mas foi uma reunião sem qualquer possibilidade de negociação, então acabamos privados de fazer esse processo de mediação com o banco. Essa apresentação foi muito aquém do que precisávamos para dialogar com os trabalhadores, o que nos gerou muitas dúvidas e incertezas quanto ao fechamento de agências, extinção de postos de trabalho e a desgratificação dos caixas. Então, esse cenário de pouca transparência e muitas incertezas é o que temos vivenciado desde o dia 11, por conta da postura do próprio banco de não revelar esses dados não só para o movimento sindical como também para os trabalhadores”, acrescentou.

A CEE/BB se reuniu na última quarta-feira (13) para tratar dos encaminhamentos da luta dos trabalhadores do Banco do Brasil.

“Temos atuados em três frentes, estratégia política (atuação sindical), estratégia jurídica, de como vamos enfrentar essa reestruturação no Judiciário, e também a estratégia de atuação no âmbito Legislativo, junto aos deputados e senadores, para que seja denunciado, na Câmara e no Senado, este desmonte do BB”, concluiu Marianna.

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