O Sindicato dos Bancários reuniu ontem (9) com a Comissão de Negociação do Banco da Amazônia, de forma virtual, para tratar sobre o pagamento da Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados (PLR), referentes ao exercício de 2017.
No 1º semestre daquele ano, o Banco da Amazônia registrou um saldo de R$ 24,39 bilhões na sua carteira de crédito de fomento e comercial, incluindo os investimentos feitos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Os ativos totais do banco, somados aos do FNO, chegaram ao montante de R$ 40,24 bilhões, enquanto o Resultado Operacional foi na ordem de R$ 96,31 milhões.
Assim, o banco encerrou o semestre com patrimônio líquido de R$ 1,97 bilhão, superior em 0,5% em relação ao mesmo período de 2016 (R$ 1,96 bilhão). A instituição registrou um lucro líquido de R$ 12,5 milhões. Além disso, a empresa reduziu suas despesas administrativas e alcançou, no período em questão, redução de 1,65% quando o valor registrado foi de R$ 391,46 milhões, comparado ao 1º semestre de 2016, que foi R$ 398,02 milhões.
“É uma vergonha que o Banco da Amazônia, um banco federal tente impor uma miséria de PLR aos seus empregados e empregadas sem negociação com as entidades e vincular às metas absurdas que não dependem somente do esforço do funcionalismo. Chega de PLR menor que dos demais bancos públicos federais”, critica o diretor jurídico do Sindicato e empregado do banco, Cristiano Moreno.
Em razão da decisão judicial que determinou o estabelecimento de negociação entre as partes para o pagamento da PLR, a entidade sindical solicitou instauração de mesa de negociação com o objetivo de solicitar ao banco a reavaliação do seu posicionamento, além de apresentar outra proposta financeira para a PLR 2017. Porém, novamente a empresa alegou que possui limitadores por parte do governo, através da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST, que o impedem de transigir além das margens apresentadas.
No entanto, o banco sinalizou a possibilidade de pagar a parte incontroversa, ou seja, a parte que não está em discussão em razão do consenso entre as partes. Assim, o Sindicato irá apresentar uma proposta que não traga prejuízos à tese que já está sendo levantada pela entidade na justiça, mas que possibilite a liberação de parte do recurso que está sendo discutido judicialmente, para que, assim, possa ser feita a discussão entre a empresa e as entidades representativas de classe nos pontos sem consenso.
Para a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, é uma sinalização positiva. “A nossa expectativa é a de conseguir avançar na negociação e garantir a liberação de parte da PLR”, destaca.
Representaram os bancários e bancárias, Tatiana Oliveira, os diretores Cristiano Moreno e Suzana Gaia, o secretário-geral da entidade e coordenador da mesa de negociação, Serginho Trindade; além dos assessores jurídicos Luiz Fernando Galiza e Matheus Mendes.
SEEB-PA